Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: o legado de Andrés D'Alessandro
Saudade do argentino no campo de jogo já é uma realidade, mas o clube precisa seguir.
Foi um domingo como há muito não vivíamos. Por mais que tenha sido apenas uma vitória em um campeonato de pontos corridos, a forma como ela aconteceu, somada a toda a atmosfera da despedida de um ídolo como poucos, fez o torcedor colorado se encher de esperança de que dias melhores virão.
Há quanto tempo o Inter não virava um jogo? Há quanto tempo não vibrávamos com uma vitória com tantos obstáculos? Talvez os jogadores tenham buscado a superação como uma forma de homenagear o capitão que se despedia.
E não tem nada de errado nisso, muito pelo contrário. Independentemente do motivo, houve a reação. O grupo mostrou algo que ainda não havia mostrado. A torcida entendeu. O apoio da arquibancada veio. E quando essa torcida e o time se juntam, com relação de confiança mútua, as conquistas sempre foram o resultado final.
Saudade já é uma realidade
Como D’Alessandro mesmo disse após o jogo: "Ninguém é maior do que o clube". E o legado deixado pelo gringo foi incrivelmente sintetizado no seu jogo de despedida. O espírito de luta até o fim de suas forças físicas, de imposição e indignação perante uma arbitragem — no mínimo — estranha, aos 41 anos de idade, é algo que jamais sairá da memória de qualquer colorado.
A saudade de D’Alessandro no campo de jogo já é uma realidade, mas o clube precisa seguir. Mãos à obra!