Paixão colorada
Vini Moura: a bipolaridade do Inter contra o Palmeiras
Os dois tempos diferentes nos custaram um resultado melhor

O Inter conseguiu ser bipolar durante a partida contra o Palmeiras. Dois tempos extremamente diferentes e creio que isso possa ter custado a efetividade para um resultado melhor. Antes de qualquer avaliação também precisamos destacar os méritos do adversário. Palmeiras é um time extremamente qualificado, principalmente jogando em casa, e possui muitas peças de reposição.
No primeiro tempo faltou Inter. A crítica que fica ao técnico Mano Menezes é ter usado o mesmo modelo de jogo e jogadores que fizeram o segundo tempo no confronto contra o São Paulo. Edenilson precisa jogar centralizado e de frente para o gol.
Caso contrário perdemos a maior virtude dele que é o passe qualificado em direção a área do rival. Escapamos pelo impedimento milimétrico no final da primeira etapa. O Palmeiras poderia ter garantido o placar de forma justa.
No segundo tempo, o Inter que acostumamos ver com Mano melhorou muito. Mesmo com a superioridade técnica dos paulistas, foi agressivo, buscou o gol e criou diversas oportunidades. Mauricio e Alemão tiverem papel importante na evolução da equipe.
O centroavante nesta partida me orgulhou pois tenho defendido a titularidade dele, principalmente na ausência de uma alternativa unânime para posição. Criou, driblou e fez o gol de empate. Na soma da desatenção do sistema defensivo, assim como contra o São Paulo, e qualidade do Palmeiras, deixamos o empate escapar.
O que temos de concreto neste novo momento do Inter é a competitividade. Mas precisamos entender que temos muito a evoluir a longo prazo para não deixar de conquistar resultados positivos por detalhes.