Paixão colorada
Vini Moura: ainda tem como acreditar em Taison?
Se esperava muito dele como capitão e expoente técnico
Quando a gente poderia imaginar que a essa altura da temporada Taison seria um jogador pouco utilizado no elenco do Inter. Isso pode acontecer com vários atletas, porém Taison chegou representando num novo momento na história do clube e por isso é surpreendente a situação do camisa 7 pouco mais depois de um ano da sua chegada.
A situação passou a ficar bem complicada nesta temporada especificamente. Apesar do time ter encerrado 2021 em baixa perdendo a vaga na Libertadores, Taison teve momentos marcantes na primeira parte do seu retorno. O gol no clássico do Beira-Rio que encaminhou o Grêmio para seu rebaixamento foi relevante para o torcedor. De certa forma, ele foi poupado de críticas por ter pouco tempo de trabalho naquele momento.
A partir do momento que começou a temporada 2022, o status de ídolo começou a desaparecer. As sequentes decepções dentro de campo pesaram nessa história toda. Se esperava muito dele como capitão e expoente técnico. Além disso tudo, o grande fato que pesou na relação dele com o torcedor: a greve do elenco quando o time se recusou a treinar por causa de atrasos no salário.
Acredito no que ele diz quando afirma não ser o líder desse movimento. Com certeza, os atletas tomaram aquele decisão em conjunto. O que ele precisa entender é que alguns jogadores são vistos como representantes da torcida no vestiário. Assim são vistos os grandes ídolos pela arquibancada. Por isso, também, os holofotes viraram para ele.
Não arriscaria perder um jogador como ele. Taison tem experiência, conhece o Inter e torce pelo clube. Acredito que a direção precisa pensar em uma forma de mantê-lo no Beira-Rio para que possa voltar a ter protagonismo. Não digo como titular, mas pensando em ter um grupo forte para o próximo ano.