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Paixão colorada

Vini Moura: ainda triste com o rumo das coisas no Inter

O espírito de derrota está corroendo o Beira-Rio e não podemos permitir isso

28/03/2023 - 07h00min

Atualizada em: 28/03/2023 - 07h01min


Vini Moura
Vini Moura
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André Ávila / Agencia RBS
Inter seguiu sendo instável, apático e incapaz de reagir

Dentro das quatro linhas, o Inter foi incompetente. A eliminação do Gauchão no último domingo (26) foi reflexo daquilo que a equipe treinada pelo técnico Mano Menezes apresentou durante a competição. Apesar do discurso de apoio e crença dos colorados em uma boa atuação com vitória, a lógica aconteceu. O Inter seguiu sendo instável, apático e incapaz de reagir.  

Os fatores que não funcionaram no jogo machucam o torcedor. Sabemos que esse tipo de situação tem se repetido há bastante tempo no Beira-Rio. E a cada eliminação vexaminosa dentro de casa quem está na arquibancada vai perdendo a boa perspectiva de futuro do clube. Algumas coisas precisam mudar, e ficar apenas no discurso não melhora em nada a situação da instituição.  

Não podemos tratar os fracassos dentro do Inter com normalidade. Nos últimos anos, o cenário da partida contra o Caxias se repetiu tantas vezes que perder a classificação para a final não foi uma grande surpresa. O espírito de derrota está corroendo o Beira-Rio e não podemos permitir isso. O primeiro passo para a atual gestão é admitir seus erros e não voltar a cometê-los, apesar de estar na reta final do período de administração.  

Todos sabemos que o clube está em um péssimo momento financeiro, mas isso não é justificativa para a falta de competitividade da equipe. Times como Ypiranga e Caxias são muito mais pobres do que o Colorado e mesmo assim jogaram melhor. Ninguém está pedindo uma seleção, sabemos das limitações. Rebaixar o clube ao medíocre não pode, seja qual for o cenário das contas.  

Dentro de campo também existem diversos problemas, o principal está na conta do técnico Mano Menezes. Diferente de 2022, ele vem tendo uma sucessão de erros que estão comprometendo o desempenho do time.

Pedro Henrique estar no banco de reservas é brincar com a inteligência do torcedor. Ele é um dos únicos atletas que entende o Inter e o que significa vestir a camisa vermelha. Além disso, tecnicamente é superior aos concorrentes da posição. Se o treinador não sabe quem utilizar entre os 11, arranje uma maneira de utilizá-los juntos. Chega dessa teimosia.  

A atitude dos jogadores que brigaram após a partida é outra coisa que envergonha. Estavam incomodados com a corneta feita por atletas do Caxias? É simples, vençam a partida e afastem o Inter dos vexames, que não será necessário passar por esse tipo de situação. A equipe da Serra, com um investimento infinitamente menor, sem nomes de grife e um técnico que está buscando espaço, foi a Porto Alegre e conquistou algo histórico.  

Da maneira que está sendo pensado o futebol colorado não será possível levar o time aos títulos.  


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