Paixão colorada
Vini Moura: além de reforços, o Inter precisará de algo a mais na Libertadores
A postura do time nesta primeira parte do ano destoa da camisa colorada
Mesmo com o momento ruim no Inter, é muito bom estar prestes a competir em mais uma Libertadores da América. É o tipo de campeonato que, quando conquistado, consagra o clube e todos aqueles que participaram do processo. Não só no Inter, mas todas as torcidas recordam com carinho dos jogadores e dirigentes que foram campeões da américa representando o seu time.
Gostaria que o Inter estivesse chegando em alta na Libertadores. Apesar da camiseta pesada, estamos distantes do pelotão dos favoritos. Não poderia ser diferente. O desempenho da equipe treinada pelo técnico Mano Menezes carimba esse cenário. Mesmo em um grupo de nível mediano, ainda tenho medo das surpresas que o Inter pode proporcionar aos torcedores.
A nossa chance em disputar o torneio internacional de forma concreta está na qualificação do elenco atual. É preciso agregar qualidade. Atualmente, o time titular vive por um fio. Qualquer peça que por algum motivo acabe desfalcando a equipe causa um grande problema para o treinador, já que não existe reposição de alto nível. Desde novembro do ano passado falamos sobre isso, apesar da insistência das pessoas do futebol colorado que acreditaram ou acreditam em um grupo suficiente.
Ainda existe o fator não material que está fazendo falta dentro do Beira-Rio: raça. Um time como o Inter necessita jogar com determinação no talo. O simples fato de estar usando as cores do colorado deve servir de motivação para todos os envolvidos no processo do futebol. Nitidamente, falta esse algo a mais dentro das partidas. A Libertadores é o campeonato que em vários momentos pede esse tipo de postura. Claro que precisamos de reforços e melhores escolhas técnicas, mas a raça decide jogos. Para quem duvida, foi assim nas duas vezes que vencemos.