Depois da derrota no Gre-Nal por 3 a 1 na Arena, na segunda-feira (22), foi decretado que Mano Menezes fica no Inter. É a velha ideia do "mudar, não mudando" criada por Pedro Paulo Záchia nos anos 1990. Caíram os homens remunerados do futebol: William Thomas e Sandro Orlandelli. Claro indício de um aumento de poder de Mano no vestiário. O histórico nos mostra com fartura de detalhes. Trocar de técnico, não significa resolver todos os problemas.

Fazendo um exercício de memória, quantos técnicos foram trocados no fatídico ano 2016, quando o Inter foi rebaixado? Inúmeros. A culpa pelo mau momento na temporada precisa ser dividido. É certo que os dois integrantes que deixaram os cargos há pouco estão no combo de erros. Assim como o presidente Alessandro Barcellos, o comandante de tudo. 

Óbvio, que não podemos ignorar a grande parcela de Mano, que tem a função de montar o time, e dos próprios jogadores. Até agora, o Colorado nunca conseguiu jogar bom futebol em 2023. Está devendo. Naufragou no Gauchão, corre alto risco de bailar na Copa do Brasil e terá de batalhar muito na Libertadores para passar até às oitavas de final. Já no Brasileirão, o foco de momento é jogar pelos 45 pontos para não correr qualquer tipo de risco de cair para a Série B. 

É sabido, que o Inter têm sérias dificuldades financeiras para contratar, mas algumas escolhas de reforços foram equivocadas. Por outro lado, alguns atletas que já estavam no clube caíram de rendimento, dando uma resposta muito abaixo do esperado. A aposta de Barcellos é de que Mano tenha forças para dar a volta por cima. Será a última chance de acertar no Beira-Rio.