Inter



Crise

Luciano Périco: o silêncio constrangedor de Alessandro Barcellos após a derrota no Gre-Nal escancara turbulência no Inter

Colorado tomou 3 a 1 do Grêmio na Arena pelo Brasileirão

22/05/2023 - 08h32min


Luciano Périco
Luciano Périco
Enviar E-mail
André Ávila / Agencia RBS
Inter, de Pedro Henrique, amargou a quinta derrota consecutiva

Depois da quinta derrota seguida na temporada, 3 a 1 levado no Gre-Nal, o técnico Mano Menezes concedeu uma entrevista embaraçosa na Arena. Antes dele se pronunciar, o gerente executivo William Thomas não foi claro sobre a permanência do treinador. Em nenhum momento, o dirigente usou palavras diretas e simples, que confirmariam a sequência de Mano. Era só ter dito "Ele fica!". Isso não aconteceu. 

Depois, quando questionado se deveria seguir no cargo, o técnico colorado disse que deviam perguntar ao dirigente profissional, que já havia falado antes. Ficou chato. Nunca vi uma situação como essa no futebol. Até porque Thomas não cravou a sequência do trabalho. Ficou o dito pelo não dito, criando uma dúvida desnecessária. Parece que o executivo ficou enfraquecido.

Há uma pergunta que não quer calar: onde estava o presidente Alessandro Barcellos? Ele é que deveria ter colocado a cara nessa hora de forte turbulência. Na sua fala, Mano ainda deixou claro que o trabalho do preparador físico Jean Carlo Lourenço era insuficiente e que dificultou a vida colorada. Pelo jeito, as coisas não vão mudar por enquanto. Até porque não há mágica. Mas a postura deveria ter mudado para ontem. O Inter volta a campo contra o fraco Metropolitanos na Venezuela na quinta-feira (25). Apesar da fragilidade do rival, será um jogo de risco. Não pode errar, perdendo pontos decisivos.

A derrota no Gre-Nal foi justa por aquilo que o Colorado produziu. As escolhas de Mano naufragam. Cito como exemplos Keiller, Rômulo e Luiz Adriano. Só que mais gente foi abaixo do esperado. O primeiro grande momento do time foi logo aos três minutos com um chute de Johnny, que bateu no travessão. Mas foi ele que não chegou na bola na dividida, que gerou o contra-ataque do primeiro gol gremista. O Colorado conseguiu alguns arremates, sem maior perigo à meta de Grando. Mauricio, que era o melhor pelo lado vermelho, saiu lesionado antes do intervalo. De Pena foi a escolha para retornar. 

Com a expulsão de Kannemann, Mano foi para o tudo ou nada e chamou Wanderson, tirando Moledo. Depois, a troca dos homens de referência com entrada de Alemão. Luiz Adriano pouco tinha feito. Mas Bitello acabou dificultando qualquer reação do Inter com um terceiro gol, que ainda conseguiu descontar. É hora de juntar os cacos e não jogar a toalha. Mudar é preciso. Nem que seja apenas na atitude. O futuro é duvidoso. Como não será o amanhã? Responda quem puder. O destino será como o Inter vai reconstruir o caminhos.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias