Paixão colorada
Vini Moura: será preciso dar identidade ao time do Inter
Parece que a comissão técnica também não entendeu como fazer a equipe jogar mais
A oscilação do time colorado é evidente. O problema é que essa variação na qualidade das apresentações nunca ultrapassou o teto, a equipe segue jogando com a corda esticada com ausência de lucidez em suas escolhas dentro de campo. A sensação assistindo o Inter atuando é de que tentam entregar futebol da forma que for possível sem algum mínimo sinal de organização.
Esse problema fica claro quando o adversário é organizado taticamente, mesmo que inferior em nível técnico. O esquema que Mano Menezes propõe é previsível. Qualquer um reconhece o Inter como um rival reativo com extrema dificuldade em criar jogadas. Ou seja, para superá-lo basta entregar a bola ao time colorado que ele caba se atrapalhando por contra própria.
Valorizo muito a entrega na vitória sobre o Flamengo. Fiquei feliz com a postura dos jogadores que conseguiram buscar o resultado dentro de casa, mesmo quando o empate já parecia o melhor cenário. Porém, isso ficou fora do padrão colorado dentro da temporada. Totalmente fora da curva. Não consigo pensar em outra atuação igual ou parecida a essa. Falta identidade, infelizmente.
O próprio Mano Menezes admitiu após o confronto no Morumbi que não sabe se prefere o Inter propondo ou reagindo. Parece que a comissão técnica também não entendeu como fazer o time jogar mais. A preocupação é que estamos praticamente no meio do ano e a essa altura se imaginava um time atuando melhor.
Assistindo aos jogos do Atlético Mineiro e Athletico Paranaense, nossos respectivos rivais no Campeonato Brasileiro, fico desanimado e desconfiado se temos condições de disputar contra os principais times da liga nacional.