Mais uma vez no ano, o Inter tem um grande desafio. Como em outros momentos, o Beira-Rio foi escolhido para ser o plano de fundo desse capítulo de 2023. A superação não está necessariamente ligada ao adversário, mas ao Inter em relação a ele mesmo. Aparentemente, o time tem se perdido nas próprias forças e, se conseguir superar seus traumas, tem tudo para conseguir a classificação.  

Alguns têm medo quando "o Inter depende dele mesmo". E essa é a realidade posta mais uma vez na cara de todos os colorados. Uma vitória simples classifica o Colorado em primeiro lugar e, tecnicamente falando, não é um desafio extremamente complicado. O medo em relação a esse cenário está totalmente ligado a esse terrível passado próximo.  

Nesta quarta-feira (28), precisamos fazer festa e cumprir nosso papel de dar ao Inter a tranquilidade que ele precisa ter nesse tipo de confronto. Não aceito chegar em uma partida contra o Independiente, dentro do Beira-Rio, pela Libertadores da América, pensando no pior. Vamos vencer com o espírito colorado de se agigantar em momentos importantes.  

Notei que na festa de apresentação de Enner Valencia o presidente Alessandro Barcellos foi consideravelmente vaiado. O torcedor tem todo direito de se manifestar quando bem entender e tenho certeza de que para chegar a esse ponto é porque tem seus motivos. Porém, para avançar às oitavas, o Beira-Rio vai ter de ferver e ter ambiente negativo apenas para os visitantes. 

Enquanto o time estiver buscando um desempenho convincente seremos essenciais dentro dos 90 minutos. Para jogar com a corda esticada, os jogadores vão precisar da arquibancada vibrando. Tudo isso não é feito pelos nomes que estão no clube atualmente, mas pela instituição que sempre será a mesma. Vamos, Inter.