Paixão Colorada
Vini Moura: nem tanto ao céu, nem tanto à terra sobre o retorno de Coudet ao Inter
Os extremos em relação ao treinador argentino prejudicam a avaliação do trabalho dele
O grande problema em relação ao retorno de Eduardo Coudet ao Inter é o extremismo na opinião sobre o trabalho do treinador argentino. Em suas passagens pelo futebol brasileiro, ida à Europa e retorno ao Brasil ele provou algumas qualidades e defeitos marcantes que fez, principalmente no Rio Grande do Sul, ter fãs e contrários ao seu modo de enxergar futebol.
Eduardo Coudet tem condições de fazer esse time render mais. Na comparação com Mano Menezes, o novo técnico colorado possui alternativas melhores em seu cardápio de ideias. Sob o comando de Mano, o rendimento do Inter foi igual a zero. A equipe não conseguiu jogar minimamente bem contra adversários fracos do cenário nacional. A probabilidade de o time jogar menos do que vem jogando é baixa, já que a régua atual não é difícil de ser alcançada.
Mas nem tudo são flores. Chacho tem alguns pontos que precisam ser levados em consideração e acompanhados de perto pela direção do Inter. Quando saiu do Beira-Rio em sua primeira passagem ele externou problemas internos que prejudicaram o ambiente colorado. E quando saiu entregou o time em decadência técnica dias antes de jogos por Copa do Brasil e Libertadores. Se aquele Inter em algum momento foi promissor por conta do seu trabalho, deixou de ser pelo mesmo motivo.
Ainda nesta temporada, no comando do Atlético-MG, Coudet voltou a mostrar sua dificuldade em ser político. Saiu do Galo brigando por conta da falta de reforços. Aqui no Inter são poucas as opções no elenco e ele terá de se adaptar a isso, e não será possível usar esse argumento como desculpa para algum insucesso.
Precisamos entender que Eduardo Coudet não é o maior e melhor treinador do mundo, mas está longe de ser uma aberração futebolística. Ainda precisa provar muita coisa no mundo do futebol e quem sabe esse momento aconteça em sua segunda passagem pelo Inter.