Acerta a direção colorada em cobrar respostas da CBF sobre os frequentes erros de arbitragem contra o Inter. O lance da última partida do Brasileirão, protagonizado pelo zagueiro Halter, do Goiás, e o atacante Enner Valencia, foi a gota d'água para os colorados. E, de fato, essa jogada pode gerar várias interpretações. O juiz nem foi ao VAR. Mas não se trata apenas desse lance específico, e sim de um combo de pequenas falhas que estão atrapalhando o clube no contexto geral. 

Podemos recordar da agressão que Valencia sofreu após a entrada do zagueiro do Bragantino na 16ª rodada. Nada foi marcado. Dentro do Beira-Rio, Inter e Fortaleza, o árbitro não foi ao vídeo conferir lances completamente discutíveis. Afinal, qual o critério? No 0 a 0 contra o Flamengo, tiraram a chuteira de Pedro Henrique. Até ontem, cometer falta, mesmo que sem intenção, não anula a infração.  

Não é uma perseguição ao Inter. Pelo contrário, sabemos que a arbitragem brasileira desde sempre sofre de extremo despreparo. Por conta disso, em vários cenários, erram com regularidade prejudicando o planejamento de algumas equipes. Apesar de não ser exclusividade do Inter, o clube precisa buscar seus direitos e ligar o sinal de alerta para que isso não vire rotina nos jogos do Colorado.  

É importante destacar que os problemas do Inter não se resumem à arbitragem. O time tem vários defeitos que resultam nos 10 jogos sem vencer no Brasileirão. A posição de segundo pior ataque da competição deixa evidente porque o Colorado tem dificuldades em conquistar três pontos. Eduardo Coudet precisa encontrar soluções para que a equipe não dependa tanto dos gols de Valencia.