Desconheço um esporte tão dinâmico como o futebol. O que era péssimo ontem se torna incrível amanhã e as coisas acabam mudando de forma muito rápida. Essa realidade é potencializada quando falamos de futebol brasileiro. 

De fato, é um dos únicos campeonatos em que o lanterna surpreende o líder e aquele que parece favorito acaba deixando pontos improváveis pelo caminho. Por isso o Brasileirão é uma das ligas mais difíceis de se conquistar no mundo.  

O Inter, no último mês, foi o experimento puro dessa teoria. Após a eliminação dolorosa na Libertadores da América, se imaginou que o time treinador por Eduardo Coudet não conseguiria reagir diante dessa pancada forte. Na prática aconteceu o contrário. No clássico Gre-Nal, o Inter teve uma atuação de luxo, que despertou na torcida e na imprensa a possibilidade de chegar a uma vaga para Libertadores do ano que vem.  

Esse mesmo Inter que venceu o rival e nas rodadas seguintes continuou impressionando pela qualidade do seu futebol foi o responsável por conquistar um ponto em seis diante das duas piores equipes da tabela. 

Surpreendeu, mas dessa vez de uma forma negativa. Na mesma medida que o calendário premiou o clube com dois jogos teoricamente fáceis acabou evidenciando fragilidades dentro do grupo após os resultados ruins.  

A sequência favorável terminou. Agora o compromisso é complicado contra o Cruzeiro fora de casa. Apesar de não ser uma das potências da competição, o time de Minas Gerais demonstrou ser um adversário complicado. Mesmo quando não vence impõem dificuldades fortes para quem está do outro lado.

Cabe ao grupo colorado lidar, a partir de agora, com a pressão de não ter vencido os lanternas na própria casa. Não importa o local, no confronto com o Cruzeiro só a vitória interessa.