Paixão colorada
Vini Moura: A base não é só resultado de campo
Encontrar jogadores jovens com capacidade de evolução, potencial de mercado e alta qualidade é como um eclipse
O Inter saiu cedo da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O resultado de campo não é nada bom. E, apesar da categoria que esteja defendendo o clube, sempre vamos querer ver o Inter figurando entre os principais clube do país, independentemente de qual for a competição. Mas mesmo com a eliminação precoce tenho certeza que podemos tirar proveito de atletas novos para o grupo principal.
Eu entendo que o processo de revelação de talentos na base não é algo simples. Encontrar jogadores jovens com capacidade de evolução, potencial de mercado e alta qualidade é como um eclipse que só acontece de tempo em tempo. O problema no Beira-Rio, nos últimos anos, é que não estamos revelando nenhum tipo de talento. Além disso, nos deparamos com vários atletas mais velhos de qualidade duvidosa ocupando espaços no time principal.
A lógica é simples: se vamos contratar jogadores como Baralhas ou Jean Dias, é mais fácil optar por atletas da própria base. Não estou tentando crucificar esses profissionais, mas é uma forma de usá-los como exemplo nesse processo de contratação/utilização da base.
Os títulos na base não garantem nada. É importante trabalhar esses jogadores novos para pensarem sempre em títulos e coisas grandes. Mas o resultado de um time não pode prejudicar a avaliação individual de peças específicas. Tenho certeza que nossos atacantes, meias e zagueiros, formados em casa, são melhores do que muitos que foram contratados nas últimas temporadas.
A tendência é que alguns jogadores da Copinha estejam presentes entre os profissionais no Campeonato Gaúcho de 2024. Espero que isso faça parte desse novo momento da gestão de Alessandro Barcellos e nos planos do técnico Eduardo Coudet. Um time vitorioso também passa por sua base.