Paixão Colorada
Vini Moura: Inter tem reposição de qualidade, mas não dois times
Calendário apertado está deixando o elenco limitado fisicamente; apesar da sequência difícil, o Colorado tem crescido em momentos importantes
O Inter precisou correr bastante no último jogo pela Sul-Americana. Apesar do adversário fraco, o contexto do jogo apresentou enormes dificuldades. A viagem foi extremamente complicada, com troca de rota. O gramado do estádio equatoriano não era dos melhores para um time de posse de bola como o treinado por Eduardo Coudet. E a sequência de duelos começou a pesar no físico dos atletas.
Não é novidade que o calendário do futebol brasileiro é apertado. Todos os anos paramos para debater sobre a sequência de partidas que os clubes enfrentam. Essa realidade faz com que prioridades sejam traçadas, pois é difícil competir em alto nível em 100% dos campeonatos. Normalmente, para quem tem grupos mais curtos, a única saída é apostar no formato de mata-mata. Enquanto isso, os pontos corridos ficam escanteados.
Mesmo os clubes mais ricos e com plantéis fortes não conseguem acompanhar esse ritmo frenético do futebol brasileiro. A diferença é que a qualidade deles garante capacidade de competir a qualquer momento da temporada. A prova disso é o Palmeiras de 2023 que, ao fracassar na Libertadores, conseguiu conquistar o Brasileirão.
O Inter formou um elenco robusto para esta temporada, e isso garante ao time manutenção de qualidade. Mas não temos de fato duas equipes para competir em todas as competições. É impossível.
Atualmente, apesar das ausências de Enner Valencia, Aránguiz, Fernando e Alan Patrick, o restante dos atletas têm dado conta do recado. Nos últimos quatros jogos são três vitórias e uma derrota. Em todas as oportunidades o time teve uma média ótima de desempenho.