Quando as bancadas se enchem de amor vermelho, todo lugar vira Beira-Rio. Dessa vez foi o Orlando Scarpelli, que não é Beira-Mar, e em outros tempos já nos foi hostil, mas que serviu de palco para um espetáculo da torcida, protagonista da nossa vitória.

O Inter se sentiu em casa por lá. Dominou o Corinthians do início ao fim do jogo, mesmo que tenha atuado com uma defesa mais atrasada e apostando nos contra-ataques.

Era claro que a posse de bola lenta e paciente não estava mais funcionando. Coudet escalou dois pontas e um meio campo mais defensivo, para jogar de forma direta, e deu certo.

Mas vamos falar sobre Wesley. Como a camisa vermelha caiu bem nesse moço.

Ele se sente à vontade para driblar, atacar, chutar de fora da área, sem os ranços e medos que permeiam a nossa vida recente. E ainda marcou um golaço, de DVD, de Blu-Ray, de 4K.

Que bom que o Cruzeiro, que no passado já nos ofereceu Maurício, negociou esse jogador conosco. Que bom que ele deixou o passado e as vaias sofridas em azul celeste para trás. Obrigado, Cruzeiro!

Um gol normal

Eu sei que Alario estava bem impedido. Não contesto a decisão. Mas é impressionante como todos os gols do Inter são cobertos de um manto de desconfiança. É impossível comemorar em paz. Sempre é encontrado o impedimento, a falta, a mão, o enrosco na área entre Caçapava e Wladimir em 1976.

Tudo que eu quero é comemorar um  gol normal!