Retomada
Luciano Périco: Roger terá que fazer o caro e acomodado elenco colorado jogar mais futebol
Inter volta a campo pelo Brasileirão neste sábado (20), contra o Botafogo, no Engenhão
O cenário mostra que Roger Machado é a melhor escolha do Inter para o momento atual. O treinador, que deixou o Juventude, vai chegar ao Beira-Rio com uma vantagem importante em relação aos demais treinadores especulados: ele conhece muito bem o seu novo elenco. Já enfrentou cinco vezes o Colorado na temporada. Impôs ao Inter eliminações no Gauchão e Copa do Brasil.
Outra questão é que Roger não vai precisar se ambientar. Mora em Porto Alegre, conhece muito bem a aldeia. E ele chega com Paulo Paixão, craque da preparação física e que domina os atalhos do vestiário. É um vencedor.
Os desafios são grandes. Roger terá que fazer o caro e acomodado elenco colorado jogar mais futebol, já que não consegue dar uma boa resposta continua. O primeiro desafio será o Botafogo, no Engenhão, neste sábado (30). Depois, buscar a virada em cima do Rosario Central. O tratamento de choque precisa ser imediato.
A discussão Gre-Nal
A decisão de Roger em trabalhar no Inter trouxe de volta uma surrada discussão sobre a rivalidade Gre-Nal. É a velha questão de quem tem relação com um clube, não pode ir trabalhar no outro.
Nas redes sociais, gremistas relatam que se sentem traídos pelo treinador, que começou como atleta na base do Tricolor e conquistou títulos importantes. Por outro lado, vejo colorados não gostando da contratação pelo fato de Roger ter trabalhado no Grêmio.
Na real, tudo isso é uma grande bobagem. Acima de tudo, Roger Machado é um baita profissional. E dos mais sérios que conhecemos. Faz o máximo, seja qual a camisa que esteja vestindo. Se vai dar certo ou não, isso é outra questão.
Na história do futebol gaúcho, temos inúmeros casos de pessoas qualificadas que atuaram nos dois lados. Cito apenas Ênio Andrade, Rubens Minelli, Cláudio Duarte, Valdir Espinosa, Mário Sérgio e Batista. Todos, acima de tudo, profissionais.