Paixão Colorada
Vini Moura: precisamos ter paciência com os jogadores da base do Inter
Clube contou com jovens nas suas principais conquistas, mas é necessário alguns cuidados para ajudar a lapidá-los
O Inter parece estar realizando um novo movimento na temporada com a chegada de Roger Machado. A entrada de jogadores da base no time pode fazer toda a diferença para o clube a curto e a longo prazos.
Pedimos há muito tempo melhor utilização dos atletas do Celeiro de Ases. Ao longo da história, o Inter sempre se notabilizou por revelar profissionais formados em casa, principalmente em anos mais vitoriosos.
Será preciso ter calma com esses jogadores. Esse é sempre um momento de oscilação na carreira de um atleta novo. Não é fácil a transição para o time principal, ainda mais no contexto colorado, que está recheado de pressão por conta do resultado de campo nos últimos anos.
Os jogos dentro de casa são desafiadores. A vaia da torcida pode pesar a perna dos jovens atletas, e isso é desnecessário.
A direção colorada prometeu ainda na sua primeira gestão que o Inter chegaria a ter 40% do time titular formado por jogadores da base. Essa realidade nunca se concretizou. E não temos perspectivas para que isso mude.
Um clube com o tamanho do Inter precisa revelar jogadores. Não é saudável depender de contratações na montagem de um elenco. A probabilidade de errar aumenta.
Momentos históricos do Inter foram marcados por jogadores criados no Beira-Rio. Nos anos de 1970, por exemplo, Paulo Roberto Falcão se tornou em um dos maiores nomes que já vestiu a camisa do Inter.
No maior título da história colorada, o Mundial de Clubes, Luiz Adriano e Alexandre Pato foram protagonistas. Isso é suficiente para que esse tipo de movimento seja valorizado em toda e qualquer gestão que esteja comandando o clube.