Conseguir equilibrar a gestão de um clube é difícil. A complexidade aumenta quando falamos de times brasileiros. São muitas camadas que necessitam de boa gestão para que os resultados de campo possam ocorrer. E mesmo que todos os fatores sejam tratados com extrema competência, isso não é garantia de vitória. Por isso, conseguir títulos e vitórias relevantes é difícil. Em paralelo, mesmo que seja uma missão complicada, pouco se importa com o nível de dificuldade do futebol brasileiro.

Na última terça-feira (8), tivemos mais resultados da denúncia feita pelo Ministério Público em relação às irregularidades da administração colorada entre 2015 e 2016. O ex-vice-presidente jurídico do Inter Marcelo Castro foi condenado a 16 anos de prisão. Mais de R$ 1 milhão foram usados de forma indevida. Com certeza, essa falta de transparência e irresponsabilidade em relação às contas do clube pesaram para tantos insucessos futebolísticos.

A matemática é simples. Se mesmo com boas administrações os clubes enfrentam dificuldades, o que sobra para um time que sofre com problemas de corrupção? O destino ruim do Inter já estava traçado há muito tempo. 

Além disso, a paixão de milhares de colorados não foi valorizada. Ao mesmo tempo que seja uma pequena parte da vida das pessoas, o futebol faz parte de milhares de histórias profissionais e sentimentais. Quando um dirigente é corrupto, ele está roubando isso do torcedor também.

Infelizmente, a história do clube foi alterada por conta de tudo que ocorreu entre 2015 e 2016. E isso reflete nos resultados de campo do clube até hoje. O Inter ainda paga a conta de ter sido rebaixado para segunda divisão. Nesse período, o clube precisou recuperar sua credibilidade no mercado. E agora a briga é pela retomada das grandes conquistas. Não podemos esquecer de tudo que aconteceu nos corredores e salas do Beira-Rio.