Paixão Colorada
Luís Felipe dos Santos: o que fazer quando o Inter não joga
Cada colorado tem um subterfúgio diferente
"Sete a zero... para o Inteeeeer!"
O moço brincava com a menina bebê, que agitava feliz um balão vermelho. Na TV do fundo, não estava o Inter, e sim a Alemanha, que goleava a Bósnia. A menininha não precisava saber. Bastava a alegria do moço, que validava a felicidade colorada naquele momento — e um sorriso dela de orelha a orelha.
Quando o Inter falta nos nossos dias, recorremos aos mais estranhos subterfúgios. Um senhor, vestido de vermelho da cabeça aos pés, torcia para o Time dos Sem-Camisa na redenção. Em meio ao forte calor, os descamisados empilhavam gols nos seus adversários, suficiente para a alegria do idoso.
Na Feira do Livro, uma banca ostentava o famoso (e agora raro) livro do Ruy Carlos Ostermann, "Meu Coração É Vermelho", como um emblema de autoridade ante quem por ali passava. Ninguém ousava pedir ou tocar no livro: ele estava atrás dos livreiros, como uma bandeira.
Dúvida implacável
Nas datas Fifa, o Delirante fica entre me recomendar reforços impossíveis e fazer duelos imaginários entre jogadores do passado. Quando o paraguaio Sanabria fez aquele golaço contra a Argentina, ele me mandou um áudio com um plano mirabolante para contratá-lo, que envolvia muitos percentuais de jogadores, umas reduções de salários e algo que certamente o Cebolinha pensaria para pegar o Sansão.
E em pleno domingo pela manhã, ele me parecia acossado por uma dúvida implacável:
"Quem tu acha que era melhor, César Prates ou Célio Lino?"
Já estou quase pedindo para a Fifa liberar jogos do Inter nas suas datas, pelo bem da saúde mental do Delirante.
E tu, leitor, que tu fazes quando o Inter não joga no fim de semana?
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.