No Beira-Rio
Inter perde para o Fluminense e larga em desvantagem nas oitavas da Copa do Brasil
Colorado até teve volume de jogo, mas tomou gol cedo e viu time carioca ser mais efetivo nas oportunidades que teve


Depois de tanto aguardar pelo começo dos mata-matas, as competições em que residem as esperanças de ser campeão, a noite de quarta-feira (30) foi decepcionante no Beira-Rio. Diante de mais de 33 mil pessoas, o Inter perdeu para o Fluminense, na abertura das oitavas de final da Copa do Brasil.
O 2 a 1, com dois gols de Everaldo para os visitantes e Carbonero para os colorados, obriga o time de Roger Machado a ganhar no Maracanã para ter chances de avançar no torneio. Se a vitória for por um de diferença, leva a pênaltis. Por dois ou mais, se classifica. Qualquer outro resultado dá a vaga para os comandados de Renato Portaluppi.
No Fluminense, Renato perdeu seus laterais-esquerdos e teve de improvisar Guga pelo lado. Na frente, deixou um trio com Soteldo, Everaldo e Serna.
O jogo
Roger mandou a campo o time esperado. Com todos os jogadores à disposição, inclusive no banco (Valencia, Ronaldo e o estreante Richard), ele repetiu a equipe que venceu Vitória, Ceará e Santos.
Empurrado pela torcida, o Inter tentou se impor desde o início. Antes dos cinco minutos, já tinha duas finalizações, uma de Carbonero, outra de Alan Patrick, ambas para fora.
Pois foi nesse momento de pressão colorada que o Fluminense saiu na frente. Thiago Maia foi recuar a bola para Rochet, em uma dividida. O passe ficou curto e alto. Serna ganhou de Bernabei na força e chutou na trave. Na volta, Vitão não cortou e a bola caiu exatamente onde entrava Everaldo, que concluiu para o gol: 1 a 0, aos oito minutos.
Aos 11, um lance que ilustra uma fase. Alan Patrick cobrou escanteio para a área, a defesa afastou para a meia-lua. Bruno Henrique pegou o rebote e chutou, acertando a trave quase no ângulo. A sobra ficou com Wesley, que, com a trave vazia, concluiu para fora. O lance, porém, foi anulado por falta de Bruno Henrique.
Por mais que o gol do adversário tenha dado um baque no Inter, a equipe seguia tentando. Bruno Henrique, aos 25, fez um lançamento na medida para Aguirre. O lateral cruzou forte, rasteiro. Freytes, de carrinho, cortou para trás e quase fez contra.
O Inter era melhor. E mantinha um padrão mesmo com a derrota parcial. Com um pouco de calma e capricho, o empate viria. E veio mesmo. Eram 34 minutos. Tudo começou com Vitão. O zagueiro avançou com a bola dominada e deu um passe de camisa 10 para Wesley. Na área, pela direita, ele chutou cruzado. Fábio fez uma grande defesa, mas o rebote ficou no pé de Carbonero, que concluiu para a rede: 1 a 1.
O problema é que a vantagem colorada durou só cinco minutos. No segundo ataque dos cariocas, Serna foi lançado na direita. Ele ganhou de Bernabei na força e de Victor Gabriel na técnica. Fez um cruzamento na medida para Everaldo, que encheu o pé e estufou a rede de Rochet.
Esse gol, sim, o Inter acusou. Só teve uma finalização depois da nova desvantagem. Foi aos 50 minutos, com Carbonero, por cima do travessão. O final do primeiro tempo foi acompanhado de vaias no Beira-Rio.
Segundo tempo sem velocidade do primeiro
Roger mexeu no time no vestiário. Ele tirou Bruno Henrique, que havia levado uma pancada ainda no primeiro tempo, e colocou Ronaldo.
A segunda etapa não começou com a aceleração da primeira por parte do Inter. Para dar uma ideia, o time levou seis minutos para chegar à frente. Alan Patrick entregou para Aguirre, que cruzou, mas ninguém alcançou. No lance seguinte, Alan Patrick avançava com a bola quando foi agarrado por Martinelli. Irritado, empurrou o jogador do Fluminense, que se atirou no chão. O capitão do Inter levou cartão amarelo, o volante tricolor, não.
Aos 10, Wesley driblou Freytes na área, mas o chute foi ruim, direto para fora. Aos 17, Borré arriscou, a bola desviou na defesa e saiu. Na cobrança do escanteio, Vitão ganhou no alto, mas cabeceou para fora.
Roger, então, mexeu na equipe, ofensivamente. Ele tirou Thiago Maia e colocou Vitinho.
O Fluminense conseguiu achar espaço duas vezes. Na primeira, Cannobio bateu e Rochet defendeu. Pouco depois, Serna avançou pela direita e concluiu, para fora.
Sem o resultado esperado, Roger fez mais duas trocas. Entraram Valencia e Gustavo Prado, saíram Borré e Wesley. Aos 32, a última troca foi Carbonero fora, Tabata dentro.
Nada disso deu resultado. Sem forças para reagir, o Inter terminou o jogo vaiado e com enorme desvantagem para o jogo da volta, na quarta-feira que vem. Antes, recebe o São Paulo pela 18ª rodada do Brasileirão.
Copa do Brasil - Oitavas de final (ida)
Inter (1)
Rochet; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia (Vitinho, 17'/2ºT), Bruno Henrique (Ronaldo, int.), Alan Patrick, Carbonero (Tabata, 32'/2ºT) e Wesley (Gustavo Prado, 26'/2ºT); Borré (Valencia, 26'/2ºT). Técnico: Roger Machado.
Fluminense (2)
Fábio; Samuel Xavier, Freytes, Thiago Silva e Guga; Hércules, Martinelli (Ganso, 32'/2ºT) e Nonato (Bernal, 32'/2ºT); Soteldo (Cannobio, 14'/1ºT), Everaldo (Lima, 42'/2ºT) e Serna (Keno, 42'/2ºT). Técnico: Renato Portaluppi.
Gols: Everaldo, aos 8 e aos 39, Carbonero, aos 34 minutos do 1º tempo
Cartões amarelos: Aguirre, Borré, Rochet, Alan Patrick; Cannobio
Local: Beira-Rio
Público: 33.801 (32.295 pagantes)
Renda: R$ 872.396,50
Arbitragem: Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE), auxiliado por Victor Hugo Imazu dos Santos (PR) e Francisco Chaves Bezerra Junior (PE). VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP).
Próximo jogo
Brasileirão - 18ª rodada
3/8/2025 - 20h30min
Beira-Rio
Inter x São Paulo