Paixão Colorada
Vini Moura: de quem é a culpa no Inter?
Chegamos à decisão na Copa do Brasil sem reforços para a ausência de Fernando e isso é responsabilidade do presidente Alessandro Barcellos e sua equipe


Ainda está difícil digerir a derrota do Inter para o Fluminense no jogo de ida pela Copa do Brasil. Desde a definição do confronto, se colocou muita expectativa em quais condições a equipe chegaria para disputar o título da competição nacional. Inclusive, com a parada para o Mundial de Clubes, se imaginou que o time teria evoluções e reforços para competir em alto nível com o Flu. E, no primeiro confronto, dentro do Beira-Rio, tomamos um balde de água fria.
Perder é do jogo. Em grandes confrontos diante dos principais rivais nacionais, qualquer resultado pode acontecer. Não vamos transformar em crise ou fim de mundo um placar de 2 a 1 contra o Fluminense. O problema está na forma como o jogo foi encaminhado pelo lado vermelho. A equipe não teve chances de gol no segundo tempo. Mesmo em casa, foi pressionado pelos visitantes de forma melancólica. A torcida não teve motivos para acreditar em uma remontada durante os 90 minutos. Esse cenário decepciona e desmotiva. Não pedimos nada além de transpiração dentro de campo.
Após esse desempenho ruim, de quem é a culpa? Dos atletas, da comissão técnica ou da direção? Em forma de pirâmide, coloco todas as frentes como responsáveis pelo momento negativo do time. Elencando a responsabilidade do menos culpado para o maior responsável, começamos pelos atletas. Nesse tipo de campeonato é necessário colocar espírito vencedor em cada dividida. Os profissionais têm o dever de deixar o algo a mais dentro das quatro linhas. Sem isso, nenhum esforço extracampo terá resultado, pois do outro lado tem um adversário que deseja vencer tanto quanto tu.
Depois do grupo de jogadores, o técnico precisa corresponder alguns desejos da torcida e deixar de lado convicções que não entregam mais resultado. Todas as justificativas de Roger Machado para não realizar trocas no time principal estão esgotadas. A gestão de grupo não pode ser mais importante do que o desempenho da equipe nas competições. Infelizmente, Wesley deve perder espaço.
Mudar o esquema, colocar mais um meia ou trocar a peça, são alternativas que podem melhorar o Inter e preservar o jogador que não está em um bom momento. Além disso, a utilização de Thiago Maia e Bruno Henrique não pode mais acontecer. Os dois juntos colocam em risco o sistema defensivo e tornam a transição para o ataque defeituosa.
Por último, precisamos cobrar e criticar as iniciativas da direção. Diante dos fatos que aconteceram no primeiro semestre como calendário apertado e lesões, os dirigentes precisam ter o entendimento do que é necessário para que o Inter seja competitivo. Se conseguimos realizar essa leitura mesmo de fora dos bastidores do clube, não é possível que profissionais responsáveis pelo funcionamento do futebol não notem o impacto desses movimentos para que o elenco possa ser competitivo.
Chegamos à decisão na Copa do Brasil sem reforços para a ausência de Fernando e isso é responsabilidade do presidente Alessandro Barcellos e sua equipe. Na prática, o Inter não demonstra interesse de ser campeão em nenhuma das competições que está participando.
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