Paixão Colorada
Vini Moura: a direção do Inter entrou em uma rua sem saída
Em nenhum momento a pauta rebaixamento esteve tão evidente


Assim como nas últimas temporadas, o Inter passa por um momento de turbulência. Diferente de outras oportunidades, acredito que a instabilidade atual seja a mais grave de todas dentro da gestão Alessandro Barcellos. Em nenhum momento a pauta rebaixamento esteve tão evidente.
Confesso que por um momento tive certeza de que o time não sofreria com essa possibilidade. Porém, os números estão aí e não podem ser questionados. Diferente de alguns integrantes da gestão do clube, não devemos fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo. A situação é crítica.
Apesar da falta de planejamento, em todas as temporadas a direção do clube encontrou uma solução temporária - e não estou exaltando esse modelo de administração. Era evidente que em algum momento isso daria errado. O copo transbordou agora com Ramón Díaz. O treinador chegou em meio a temporada e não conseguiu reorganizar o time. Está claro que seu trabalho não terá evolução. Mas a direção do Inter se colocou em uma situação complicada.
Teremos que jogar até o final da competição com essa comissão técnica. Encerrar o ciclo de Ramón a essa altura seria como carimbar o passaporte para a segunda divisão. Além disso, ninguém conseguiria operar um milagre em um período de três semanas. A gestão colocou o Inter em uma rua sem saída. Teremos que sair dela com as peças que temos a disposição.
A pauta Inter se transformou em sinônimo de lamentação para o torcedor. Não tem como ser diferente. Atualmente, a equipe não traz nenhuma razão para comemorar ou dar esperança de um futuro melhor. A tendência, mesmo que permaneça na primeira divisão, é que nossa realidade na próxima temporada seja a mesma. Isso não se trata de pessimismo. Precisamos lidar de forma antecipada com os cenários que nos aguardam em 2026.
A partir do mês de janeiro o Campeonato Brasileiro já vai ter recomeçado. Ou seja, diferente de outros anos, os clubes não terão tempo de se reestruturar, mudar fotografia e começar do zero. Os mesmos plantéis serão responsáveis pelo desempenho dos times no primeiro semestre. Consequentemente, tudo indica que o nível de futebol dos times será praticamente o mesmo.
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