Grêmio e Inter não vivem bons momentos no Brasileirão. E fizeram nas três primeiras rodadas do returno exatamente a mesma campanha do primeiro turno. Para a quarta rodada, neste fim de semana, a expectativa impera.

Os dois precisam ganhar - o Tricolor enfrenta o Vitória, em Salvador, e o Colorado, a Portuguesa, em Novo Hamburgo. Se a escrita se mantiver, só o time do técnico Renato Portaluppi tem chances de comemorar. Já que, no primeiro turno, bateu o Vitória por 1 a 0, na Arena. A equipe de Dunga amargou um empate em 1 a 1 com a Portuguesa, no Canindé.

Só que para continuarem brigando por seus objetivos _ o título e o G4, para poder disputar a Libertadores - só os três pontos interessam.
No Grêmio, apesar do retrospecto, o horizonte não é dos melhores. Gabriel se lesionou e o esquema 3-5-2 deve ser alterado. Renato pode promover a entrada de Ramiro, no meio. Além disso, o adversário está a quatro jogos invicto e vem de duas vitórias.

No Inter, Dunga tem a volta de D'Alessandro, recuperado das dores na região do abdômen. Nas duas únicas partidas sem seu camisa 10 no Brasileirão, o Colorado perdeu. Mas a Portuguesa vem se recuperando. Saiu da zona do rebaixamento e dos últimos seis jogos, venceu quatro e perdeu dois.

O primeiro turno

1ª rodada

Grêmio 2x0 Náutico
Vitória 2x2 Inter

2ª rodada

Atlético-MG 2x0 Grêmio
Inter 2x0 Criciúma

3ª rodada
Santos 1x1 Grêmio
Inter 1x2 Bahia

4ª rodada
Portuguesa 1x1 Inter
Grêmio 1x0 Vitória

A principal arma do Inter neste domingo, 16h, contra a Portuguesa, no Estádio do Vale, é o único destaque da equipe no Brasileirão. D'Alessandro volta ao time depois de ser poupado para fazer fisioterapia e é a esperança colorada de um bom resultado.
A vitória é obrigação. A quatro pontos do G4 _ Grêmio e Atlético-PR estão com 38 pontos -, o Inter não pode deixar os adversário escaparem para poder, pelo menos, brigar por uma vaga na Libertadores.

E o retorno de D'Ale é um alento. Sem ele, o Inter não venceu no Brasileirão. Com ele em campo, apesar dos dez empates, o time sempre atua melhor.

Quando não joga bem, pelo menos tem esperança de gols. O camisa 10 colocou oito bolas na rede e é o artilheiro colorado na competição. Além disso, tem cinco assistência.

Também vale lembrar que, se o retrospecto do Inter no Estádio do Vale não é dos melhores, o do gringo vai de vento em popa. Nos últimos quatro jogos - Goiás (3x3), Corinthians (1x0), Santos (1x2) e Vitória (2x2) -, D'Ale balançou a rede cinco vezes.

Na sexta-feira, na chegada a Porto Alegre, após a derrota de 2 a 0 para o Bahia, o clima não era dos melhores. Quatro seguranças do clube trabalharam para proteger a delegação.

Mesmo assim, gritos de torcedores criticando jornalistas e a direção marcaram o desembarque. Quando os protagonistas do jogo saíram, foram cercados pelos repórteres. Um a um, com cara constrangida, diziam que foram orientados a não conceder entrevista, ordem que é cumprida desde a vitória sobre a Ponte Preta. Um profissional da assessoria de imprensa lembrava:

- Não adianta tentar entrevistar. Eles não vão falar, é orientação.
O diretor de futebol Luís César Souto de Moura, porém, que negou qualquer ordem para que os jogadores não falassem. Em sua fala, reconheceu que "não está tudo bem" no clube, mas disse que a avaliação dos caminhos para sair do mau momento será feita internamente.

De olho no adversário

Foram 15 rodadas no Z4. Só na quinta-feira a Portuguesa conseguiu respirar um pouco aliviada. E o discurso de elenco e técnico é não voltar mais. Diante disso, Guto Ferreira usa a arrancada do São Paulo, time que figurou entre os quatro piores, como exemplo para a Lusa:

- Como o São Paulo, que engatou uma série positiva, temos de buscar essa situação, de vencer em casa e sempre somar fora.

Contra o Inter, o time do Canindé não poderá escalar Lauro e Gilberto, emprestados pelo Inter.