Nem Gre-Nal de padres é pacífico. Portanto, pouco importa que que o Grêmio esteja em seu terceiro jogo com o time principal no ano. Menos ainda que o clássico seja apenas a segunda partida em que Abel Braga colocará os titulares em 2014. É jogo quente, amigo. Tão quente como as duas últimas semanas aqui no Estado.

Também não vale a desculpa de que as pernas ainda estão pesadas e os músculos, enferrujados, pelo fato a pré-temporada ainda ser vista pelo retrovisor. Quando azul e o vermelho se cruzam, vale como um jogo de Copa do Mundo. Ninguém quer perder. Nem o sorteio do lado de campo decidido na moedinha do árbitro.

A prova de Enderson

O Gre-Nal 399, às portas da Libertadores, é a chance de Enderson Moreira mostrar que tem o tamanho que o Grêmio exige. As vacilações do time no 1 a 1 com o Juventude e no 1 a 0 sobre o Veranópolis fazem os olhos espicharem sobre o trabalho do técnico de 42 anos e currículo ainda em construção. Não bastasse a pressão, Enderson vive um dilema para montar o time. A gurizada pede passagem, mas os cascudos podem garantir-lhe sustentação neste início de trabalho. O que para um técnico emergente é decisivo.

A confiança de Abel

Abel Braga avisou na quarta-feira: o cronograma feito em janeiro estava mantido. Ou seja, o Gre-Nal ficará a cargo dos titulares. Assim, colocou a turma para treinar nesta semana de calor escaldante, fez correções pontuais em relação ao que viu no 4 a 1 sobre o Cruzeiro e usou a sexta-feira para ajustes. Fechou os portões e ensaiou bola
parada. Ao final, mostrou-se confiante para o clássico, o 15º no comando do Inter, clube que treina pela sexta vez:

- Não estamos de cabelo em pé, não.