Sem troca de chaves
Grêmio não entregará Olímpico para a OAS enquanto Arena estiver alienada
Terreno e obra do novo estádio foram dados como garantia pela construtora para a obtenção do financiamento de R$ 275 milhões junto ao BNDES


Ainda não há data para a assinatura do aditivo ao contrato entre Grêmio e OAS.
A chamada troca de chaves não ocorrerá enquanto a Arena não estiver desonerada. O terreno e a obra (superfície) foram dados como garantia pela construtora para a obtenção do financiamento de R$ 275 milhões junto ao BNDES, que tornou possível sua construção. Como a Arena está alienada, o Grêmio se recusa a recebê-la, cedendo o Olímpico em troca.
O presidente Fábio Koff pretende ver a situação resolvida da forma mais rápida possível. Mas disse que a decisão de aceitar ou não a Arena sem que ela esteja desonerada não será do Conselho de Administração do clube. Dessa forma, repassou a situação ao Conselho Deliberativo, que irá chancelar qualquer ato.
Por enquanto, a OAS ainda não conseguiu substituir as garantias dadas ao BNDES, o que desoneraria a Arena e possibilitaria a troca de chaves.
As modificações do contrato vêm sendo costuradas desde o início dE 2013. Dia 18 de junho, durante cerimônia na Arena, Fábio Koff e Carlos Eduardo Paes Barreto, diretor superintendente da OAS/Arenas, formalizaram um acordo que previa um prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90, para a desocupação do Olímpico. Contudo, algumas pendências, como a definição da verba para a conclusão do Centro de Treinamentos e para o setor administrativo e abertura de uma conta conjunta no Banrisul, entre Grêmio e Arena Porto-Alegrense, para o depósito dos valores da migração, retardaram a assinatura do contrato.
Enquanto o aditivo não é assinado, o Grêmio não consegue reduzir de R$ 42 milhões para R$ 12 milhões o valor anual gasto pela migração de seus associados. Também fica postergada, por tempo indeterminado, a implosão do Olímpico.