Dupla Gre-Nal



Confiante

Na véspera de luta, gaúcho Fabrício Werdum revela sonho: "Quero levar o cinturão em carreata até a Arena"

Se vencer o americano Travis Browne hoje, Fabrício será o desafiante do campeão dos pesados do UFC, Cain Velásquez

18/04/2014 - 11h01min

Atualizada em: 18/04/2014 - 11h01min


Gaúcho disse estar pronto para aguentar até dez rounds neste sábado

O gaúcho Fabrício Werdum dará mais um passo rumo à conquista do cinturão dos pesados hoje, a partir das 17h. Se vencer o americano Travis Browne, terá direito a desafiar o campeão da categoria Cain Velásquez. Werdum teve de passar por cima da decepção com o anúncio desta luta de sábado, já que havia sido avisado de que seria o próximo desafiante de Cain. Como o detentor do título se machucou, o UFC decidiu por colocar Browne no caminho do gaúcho.

Fabrício conversou com o Diário Gaúcho por telefone, direto de Orlando (EUA), onde será a luta. Disse estar focado e pretende trazer o cinturão em carreata até a Arena, do Grêmio.

Diário Gaúcho - Travis Browne, o seu próximo adversário, já mostrou que é perigoso no chão e vai em busca de um nocaute. Qual a estratégia para vencê-lo?
Fabrício Werdum -
Treinamos bem a parte do Jiu-Jitsu, MuayThai e, principalmente, a preparação física. É o que faz a diferença. Por ter crescido muito o esporte, temos um nível muito igualado. São cinco rounds. Eu treinei para aguentar dez.

DG - Essa luta foi decepcionante, já que você esperava lutar pelo título do Cain Velásquez?
Werdum -
Foi uma decisão bem difícil da nossa equipe. Tive uma reunião com o presidente do UFC, Dana White, o dono, Lorenzo Fertitta, e decidimos que eu ficaria muito tempo sem lutar, se não topasse. E achamos melhor que acontecesse. Vimos que seria um desafio e serviria para mostrar ao mundo que estou pronto para o cinturão.

DG - Há previsão do retorno de Cain Velásquez?
Werdum -
Estão dizendo que ele volta lutar em novembro, mas não tem nada confirmado.

DG - A luta com Cain, se você vencer o Browne, é a chance mais próxima de o cinturão da categoria voltar a ser de um brasileiro. Isso pesa na hora da luta?
Werdum -
Não pesa. Eu fico até motivado para poder trazer o cinturão e ser um grande representante, como sempre digo, brasileiro e gaúcho. Quero levar esse cinturão para o Sul, pegar um caminhão de bombeiros e ir até a Arena do Grêmio, em carreata.

DG - Como funciona a sua rotina de treinos nessa reta final. Segundo seu Instagram, tem treino até a meia-noite?
Werdum -
Sim, procuro treinar às 21h30min, 22h, porque a luta será nesse horário. Num desses dias, o voo atrasou, e acabamos treinando a meia-noite. Temos de acostumar o corpo no mesmo nível de intensidade.

DG - Como conciliar a carreira de lutador e comentarista?
Werdum -
Estou bem feliz. Sou lutador, comentarista e embaixador da América Latina. Tenho três funções no UFC. Gosto muito de fazer os comentários. É um projeto novo. Não sabia nada desse mundo de televisão. Hoje, olho para o futuro. É o que eu gosto de fazer.

DG - Tem previsão de encerrar a carreira de lutador?
Werdum -
Acho que ainda leva cinco anos. Tenho 36, e o meu corpo não tem lesões. Então, vou até onde ele aguentar. Estou bem fisicamente e mentalmente.

DG - Você participou do TUF2 e sabe como é rotina do programa. A convivência justifica a briga de Wanderlei Silva com Chael Sonnen fora do octógono? Não mancha a ética do esporte?
Werdum -
Estou acompanhando, mas prefiro manter o meu foco na luta de sábado. Não quero desviar a atenção nessa hora. Falo sobre isso depois.

DG - Manda um recado para a sua torcida aqui no Rio Grande do Sul...
Werdum -
Quero dizer para a gauchada que vou representar o Brasil e nosso Estado com muito prazer, como sempre fiz. E dizer que tenho muito orgulho de ser gaúcho.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias