É verdade que o Cruzeiro se mantém em primeiro lugar na tabela do Brasileiro há várias rodadas e ainda tem folga de seis pontos à frente do segundo colocado, o Inter. Mas também é verdade que o Cruzeiro não é, no returno, o mesmo time elogiável da primeira fase do campeonato. E se alguém precisar se convencer de que o Cruzeiro não é um time imbatível, basta levar em conta a derrota por 3 a 0 para o Flamengo, no último domingo.
Nesse sentido, não entendo o entusiasmo com que alguns colegas apostam todas as suas fichas no Cruzeiro para ficar com o título, como se fosse o Barcelona da época do Pep Guardiola. Parece que eles sabem da existência de um decreto divino garantindo por antecipação o título para o clube mineiro.

Otimismo renovado

Na minha condição de gaúcho e colorado, que vê no time do Inter mais qualidades do que defeitos, vou insistir, ainda que seja voz isolada na crônica esportiva, de que o Campeão de Tudo vai chegar lá. Faltando dez rodadas para o final da competição, com três dezenas de pontos em disputa, muita água vai rolar por baixo do moinho.
Embora os adversários do time de Abel, no Beira-Rio ou não, sejam teoricamente superiores aos do Cruzeiro, não vou ceder um milímetro ao pessimismo. Até porque, nesta altura do campeonato, em que vários times lutam pela ponta de cima da tabela e outros querem se livrar do rebaixamento, todos os jogos serão difíceis para Inter e Cruzeiro. Não tem bicho-papão no Brasileiro.

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