Sempre ao longo da minha trajetória esportiva, dei preferência aos centroavantes porque entendia e entendo ainda que são fundamentais para qualquer time de futebol, especialmente na conquista de títulos. Quando assumi o departamento de futebol, em 1993, tínhamos carência nessa função, e comecei a procurar algum que se enquadrasse, principalmente na situação financeira do clube, que era difícil, aliás, como sempre é.

Trabalhando em um banco, tendo deixado o futebol, estava o grande Gilson, chamado de Cabeção pelos torcedores. Falei com seus procuradores e tivemos uma conversa com o atleta, que voltou para o Grêmio, onde tinha estado na base. Foi o mais absoluto sucesso. Acabou goleador de todas as competições que participou e esteve tão bem, que alguns meses depois de reaparecer, foi adquirido pelo futebol mexicano.

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Enquanto isso, fui a Buenos Aires e, depois de muito sacrifício, contratei o centroavante Charles, que cheguei a considerar o melhor do país, mas que no Grêmio não apresentou os resultados esperados. Ele pertencia ao Boca Juniors e tinha como procurador o craque Diego Maradona.

Com a saída desses dois, ainda no final de 1993, iniciei a busca de mais um centroavante e tive a recomendação de Nildo, que não tinha prestígio, andou jogando pelo Aimoré sem sucesso e em outros clubes pequenos no país. Pois no Grêmio foi o mais absoluto sucesso, até marcando o gol decisivo da conquista da Copa do Brasil de 1994. Machucou-se com gravidade, veio Jardel, que nem preciso referir.

Tempos de glória

O Grêmio foi bicampeão da Libertadores em 1995, e Nildo encerrou depois sua carreira no Grêmio deixando de forma indelével sua marca nas grandes conquistas da época como um grande goleador e uma grande pessoa. Que saudades desses tempos de glória tricolor, e quero crer que elas voltarão.