Paixão colorada
Neto Fagundes: "Eu daria o meu sangue para não perder"
Precisamos de um fato novo, nem que seja motivacional como os discursos fortes do Fernandão
Quando eu era criança, lá no Alegrete, a gente brincava na pracinha do Centro e dizia quando um lado da gangorra ficava para cima era porque o outro estava de castigo. Precisamos urgentemente sair do castigo, e pode ser nesse sábado, com atitude forte, muita concentração, mas sem perder a cabeça. Como sabemos, o Grêmio é o favorito desse jogo, precisamos usar a inteligência e surpreender.
Precisamos de um fato novo, nem que seja motivacional como os discursos fortes do Fernandão antes das partidas. Será que temos isso ainda dentro do vestiário, alguém assumindo o momento e unindo o grupo? Sei que não é só isso que precisa, mas tudo começa com a união e a vontade de vencer.
O fato novo é mexer com a nossa própria equipe. Precisamos voltar a acreditar nas vitórias e nos gols, pois estamos a três pontos do terceiro colocado e apavorados. Acho que o Odair poderia pedir aos atletas que, assim como a gente fazia naquelas peladas do Interior, os próprios jogadores se escalem: "vou eu, oooo..."
Do banco e da cabeça
Na minha opinião, não é hora de tirar ninguém. Se for fazer isso, que seja segunda de manhã. O fato novo tem que vir do banco e da cabeça dos que vestem a camiseta do Inter. Temos que mesclar os de características mais lentas que temos na equipe com outros mais velozes que possam roubar a bola, criar o contra-ataque e chegar ao gol do adversário.
O momento é delicado realmente, mas se eu entrasse em campo com a camiseta do Inter e toda a sua história, podes ter a certeza que eu daria o meu sangue para não perder.