Paixão colorada
Neto Fagundes: "Não vejo a hora do domingo no Beira-Rio"
Temos de tirar forças nem sei de onde, mas temos de ganhar do Corinthians
A nossa família sempre aproveitou muito bem o domingo. Pela manhã, cantávamos na Igreja Metodista do Alegrete antes de almoçarmos juntos no Vô Euclides ou na casa do Tio Nico Moura, lá na coxilha seca. O meu avô e o Tio Nico tinham uma coisa em comum, sempre estavam rodeados de gente e sempre dispostos a reunir a família para comer alguma coisa e ouvir a gente cantar.
Domingo, tornou-se um dia especial para mim, apresento os meus programas de rádio e também o de televisão exatamente aos domingos, também é aquele momento de escutar o jogo e cornetear. Todos somos treinadores na hora do jogo e achamos a escalação certa sempre. É óbvio que o treinador acompanhando o dia a dia dos jogadores e querendo muito ganhar, vai escalar os melhores. Na prática, só o decorrer do jogo é que dirá se ele estava certo ou não.
A hora chegou, sabe quando será, DOMINGO. Mais uma vez aqueles mesmos que nos roubaram um campeonato na cara de pau estarão ali, na nossa frente, para o enfrentamento. Temos de tirar forças nem sei de onde, mas temos de ganhar do Corinthians. Uma vitória contra os paulistas será o elixir da força para a nação colorada, o retorno da confiança e o gás para continuarmos na luta por uma boa posição na tabela.
Melhoramos muito
Já melhoramos muito com as entradas do Zeca e do Lucca, fazendo até reaparecer aquele bom futebol do Rodrigo Dourado. Vamos aproveitar a semana para nos dedicarmos aos arremates a gol, aprimorar a pontaria e não deixar o Corinthians gostar do jogo. Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, mas já eu não vejo a hora, como na minha infância no Alegrete, que chegue ele, o Domingo no Beira-Rio.