Zéleção Canarinho
Zé Alberto Andrade: "Será que a atual seleção belga é tudo isso?"
É bom lembrar que a geração dos anos 80 obteve resultados que o time atual não teve ainda
O belgas são muito badalados. O atual time vem obtendo grandes resultados, está em terceiro no ranking da Fifa, e tem feras como De Bruyne, Hazard ou Lukaku. Mesmo com atuações irregulares nesta Copa, mostrando deficiências defensivas, a vocação de ataque é notável e ameaçadora para o time do Brasil.
É bom lembrar, no entanto, que outra seleção da Bélgica, a do início dos anos 80, obteve resultados que o time atual não mostrou ainda. Com jogadores como Pfaff, Gerets, Ceulemans, Van der Elst e Scifo, aquela geração de atletas chegou a um vice-campeonato da Eurocopa em 1980, e às fases semifinais das copas de 1982 e 1986.
Vaga gremista – Se Arthur ou Maicon, que estavam entre os 35 pré-inscritos para a Copa do Mundo, tivessem sido chamados entre os 23 de Tite, provavelmente entrariam em campo contra a Bélgica. Sem Casemiro, Fernandinho será titular, e Paulinho dificilmente resistirá até o final da partida em função do desgaste físico. O treinador foi claro ao dizer que sua opção deverá ser o zagueiro Marquinhos deslocado para uma nova função.
É claro que, havendo mais um volante no grupo, recairia sobre ele a preferência.
Mordidos – Luiz Felipe Scolari admite que nenhum momento foi tão complicado na campanha do penta em 2002 como o jogo contra a Bélgica. Felipão não chega a falar que o juiz deu uma mão ao anular um gol legítimo dos belgas quando o jogo estava 0 a 0, mas lembra que nossa Seleção estava envolvida pelo futebol do adversário. Houve a correção dos erros, e os gols de Rivaldo e Ronaldo garantiram a vaga. Os belgas também não esquecem aquele confronto e chegam a falar em “revanche” 16 anos depois.
Menino Jesus – Tite defendeu Gabriel Jesus, mesmo sem os gols. É preciso respirar fundo e rever outros aspectos para não condenar o treinador, que tem Firmino babando no banco por uma chance. O titular tem a seu favor um comprometimento tático notável. Gabriel, entre outras coisas, facilita a vida de Neymar na hora da marcação alta. Se vale uma lembrança, o cracaço Tostão, na Copa de 1970, só foi marcar na quarta partida, depois de o time já ter feito oito gols no torneio.
Bloqueio – Os chutes não têm chegado ao gol de Álisson. O gaúcho fez poucas defesas, obra do bom sistema defensivo, com a dupla Thiago Silva e Miranda e a proteção de Casemiro. O volante do Real Madrid está fora contra a Bélgica e não tem como não haver apreensão por isto. Será o adversário mais qualificado no setor ofensivo, especialmente porque a força de ataque não se resume aos avantes. Paulinho precisará ajudar mais do que nunca para não perdermos consistência.
MONTANHA RUSSA
NO TOPO
Marquinhos – Passou a ser o mais importante reserva da Seleção. Tite o confirmou como opção como volante, se Paulinho não resistir, e agora é reposição na lateral-direita com a lesão de Danilo.
DESPENCANDO
Danilo – Depois de começar como titular, lateral se machucou no segundo jogo, perdeu a posição para Fágner e agora foi vítima de nova lesão. Está fora da Copa.