Zéleção canarinho
Zé Alberto Andrade: "Tite administra a Seleção como uma corporação"
Ao contrário de Felipão, o "pai de família", atual técnico projeta a imagem de um gestor de uma empresa bem-sucedida
Tite gostou quando fizeram a comparação da Seleção Brasileira com um clube, e tem razão. Diferentemente da bem sucedida "Família Scolari" de 2002, que não se repetiu em 2014, o grupo do Brasil tem como receita um funcionamento igual ao que ele dispensava nas agremiações que dirigiu.
Felipão foi pai. Tite é gestor.
É assim que ele sabe trabalhar. Tem seu “dirigente do futebol” (Edu Gaspar), rotina de treinamentos, preocupação com a vida pessoal e a convivência familiar e transparência interna e externa. Há proteção ao elenco sem paternalismo, talvez aí a principal diferença.
Não é suficiente para a garantia do título, mas permite projetá-lo, como se podia fazer com Luiz Felipe e sua “família” no Japão e na Coreia.
O SUBSTITUTO – Fernandinho terá a missão de substituir Casemiro no meio campo. O time belga tem boa transição de jogo e ataca com jogadores talentosos. A tarefa defensiva do volante será muito exigida. Há, porém, que se ter cuidado com a cobertura a Marcelo. Com Casemiro, há uma sintonia perfeita entre volante e lateral, vinda do Real Madrid, que permite a Marcelo fazer as jogadas de criação sem riscos no contra-ataque.
MONTANHA RUSSA
NO TOPO: Inglaterra – Em uma Copa marcada pela queda dos favoritos, os ingleses sofreram mas ratificaram seu status.
DESPENCANDO: Ibrahimovic – Preteriu as eliminatórias e pediu para jogar só na Copa. O grupo não o quis e ele não fez falta.