Dupla Gre-Nal



Paixão Colorada

Marcelo Gonzatto: volta olímpica na Arena vale mais do que taça

Inter tem tradição como convidado inconveniente na casa tricolor

17/04/2019 - 07h00min


Marcelo Gonzatto
Marcelo Gonzatto
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Jefferson Botega / Agencia RBS
D'Alessandro, que é dúvida para o Gre-Nal decisivo, esteve em campo na final de 2011, na última taça erguida no Olímpico

Pouco importa se o Inter irá a campo na noite desta quarta-feira (17) com o sempre sanguíneo D'Alessandro, o promissor Guilherme Parede ou o incisivo William Pottker. É final de Gauchão, vale taça e, mais importante do que isso, garante o privilégio de correr ao redor do gramado ao apito final carregando o símbolo da conquista.

Fazer a festa na casa do adversário, ainda mais quando se trata de um Gre-Nal, é a maior motivação que o futebol pode dar. Melhor do que isso, só ganhar um Mundial Fifa diante, sei lá, de um Barcelona com Ronaldinho. E o Colorado tem tradição como convidado inconveniente na casa tricolor.

Em 1954, por exemplo, o Inter tocou 6 a 2 no rival — vejam só que desfeita — no primeiro Gre-Nal do antigo Olímpico. Dizem que o goleiro adversário chorava e ameaçava abandonar o campo. Em 1969, o Grêmio tentou dar o troco no recém-inaugurado Beira-Rio, e o jogo terminou 0 a 0 em meio a uma pancadaria. Em 1997, quem não lembra do célebre jogo do 5 a 2 capitaneado por Fabiano no mesmo Olímpico — naquela época, uma espécie de Gareth Bale melhorado.

O que vai para a história?

A última taça do antigo estádio da Azenha, por sinal, foi erguida pelo time de vermelho. Em 2011, o Gauchão terminou com vitória colorada nos pênaltis. Por isso, toda taça tem o seu valor. Mas, quando termina a comemoração, as luzes do estádio se apagam, ela vai para o armário.

Dar a volta olímpica na casa do adversário é o que vai para a história. Por isso, o Inter deve jogar até a última gota de suor nesta noite. Seja com D'Ale, Parede ou Pottker, com ou sem desfalques, contra qualquer prognóstico.


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