Paixão colorada
Lelê Bortholacci: noite para a Seleção garantir vaga em Porto Alegre
Brasil tem tudo para vencer o Paraguai até com certa facilidade
Da descrença gerada pelo empate com a Venezuela à euforia pós-goleada sobre o Peru, a Seleção Brasileira chega a Porto Alegre como franca favorita contra o Paraguai na decisão por uma vaga na semifinal da Copa América. Os comandados de Tite têm tudo para vencer até com certa tranquilidade um adversário que só chegou a esta fase pela necessidade do torneio classificar também duas seleções que ficaram em terceiro lugar nos seus grupos.
Os paraguaios não venceram nenhum de seus três jogos, e seu goleiro Gatito Fernández – filho do ex-goleiro colorado Gato Fernández, campeão da Copa do Brasil em 1992 – foi o melhor em campo nas três vezes.
É claro que, no futebol, tudo pode acontecer – e já cansamos de ver isso –, mas não creio em surpresas na noite de hoje na Arena.
Os ingressos esgotados para o jogo destroem a teoria de que "os gaúchos não gostam de ir a jogos da Seleção". O que nós não gostamos é de amistosos contra seleções inexpressivas, com todo o respeito a Honduras, país pelo qual tenho um enorme carinho, onde meu pai viveu por 16 anos até sua morte, e com ingressos caros. Somos um povo que respira futebol competitivo.
Gaúcho gosta, sim, de ver a Seleção
O nível do adversário que enfrentamos é diretamente ligado ao público presente nos estádios de Porto Alegre, e isso vale para a dupla Gre-Nal e também para a Seleção Brasileira. Hoje à noite é jogo oficial, vale vaga, a casa estará lotada.
Os amistosos contra seleções do primeiro escalão já realizados aqui – contra França, Alemanha e Argentina, entre outras – sempre tiveram bons públicos. Ou seja, é bem fácil encher estádios com a Seleção aqui. Viu, CBF?