Não resta dúvida de que o Flamengo venceu, merecidamente, a Libertadores. Gostaria, no entanto, de deixar registradas algumas ponderações. O time carioca mereceu por tudo aquilo que produziu no segundo semestre, quando a superioridade foi inegável diante de todos os adversários.

Mas com relação a questão de não preservar jogadores, embora isso seja uma realidade adotada pelo seu técnico, temos de lembrar que, mesmo com algum cansaço eventual, foi exclusivamente pela qualidade técnica do elenco, que levou o time às vitórias. Quem entrava, por qualquer razão, dava conta do recado. O Flamengo tem um grupo muito equilibrado e capaz de jogar como se titulares fossem.

Outra ressalva que faço é que no jogo final o River Plate foi superior em 90 minutos e se deixou levar por erros de seu técnico e evidente cansaço nos  últimos minutos, quase nos descontos legais. O mais importante, porém, foi um fato que me consola e reafirma, acerca das minhas ideias de futebol: o meu time começa sempre pelo centroavante. Há pessoas que não gostam do número 9 e não passam de teóricos e intelectuais do futebol, com prática zero. Mas, normalmente, são os centroavantes que decidem vitórias e títulos. Gabigol passou quase 90 minutos sem tocar na bola. Quando tocou, tornou seu time campeão.

Futebol competitivo

Alguns dizem que é a volta do chamado futebol arte. Mas é uma arte que chuta em gol, que divide bolas, com marcação dura, que ganha bolas aéreas e tem extrema velocidade vertical. Cada um dá o nome que quiser, mas é um futebol inteiramente competitivo, sem firulas ou jogadas de efeito desnecessárias.

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