Muita calma com os entusiasmados elogios ao primeiro desempenho do Inter sob o comando de Eduardo Coudet. Foi apenas o primeiro jogo, com uma equipe reserva, em uma partida decidida aos 18 minutos do primeiro tempo quando o Inter faz o gol e fica com um jogador a mais, o que fragilizou o Juventude. Evidente que apareceram novidades na postura da equipe, o avanço dos laterais, o recuo de Musto e a maior verticalidade do time foram perceptíveis. 

Porém, ainda falta uma maior circulação de bola, um padrão definido, o time titular e uma compreensão maior dos atletas com relação às mudanças promovidas pelo técnico. O sinal de que o Inter está mudando para melhor é muito claro, porém, ainda assim é preciso muito cuidado com análises definitivas e precipitadas.

O ônus de contar com um jogador do nível de Paolo Guerrero é ter que saber conviver e lidar com o assédio constante de outros clubes. Quando contratou o centroavante, o Inter já deveria saber que seria assim, afinal, Guerrero em alta desperta o interesse das demais equipes. O mais importante é o Inter ter uma posição clara do centroavante quanto ao seu real desejo de permanecer em Porto Alegre. 

A especulação sempre ocorrerá, o que a direção não pode permitir é que o esse rumor entre no vestiário e interfira no desempenho do atleta. Conhecendo os dirigentes Colorados tenho certeza que esta blindagem está sendo feita. Afinal, sem um centroavante reserva, hoje o Inter acaba se tornando refém de Paolo Guerrero.   

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