Gigante da Galera
José Alberto Andrade: as razões para a volta da dupla Gre-Nal ao trabalho
Treinos não servem como pressão, mas são importantes para os clubes


Zé Alberto ocupa o espaço Gigante da Galera durante as férias de Luciano Périco
É importante Grêmio e Inter estarem em atividade. Por mais que pareça estranho e contrário às orientações das autoridades em saúde, há de se observar o cumprimento minucioso de protocolos muito rígidos.
A presença de gente com jeito de astronauta a medir temperatura e observar os jogadores, os profissionais mascarados e os vestiários interditados nos dão a dimensão da dificuldade em se pensar em jogos antes de julho, mas mostram que os dois grandes clubes do Rio Grande do Sul estão ativos e fazendo o que podem, dentro do que é permitido.
Não se ouviu até agora nenhuma palavra que possa ser interpretada como pressão gremista ou colorada para a volta dos jogos. Ninguém fala em "futebol já". Apenas está havendo uma prova de sobrevivência de duas das mais caras instituições gaúchas.

Havendo a necessidade de voltar atrás, certamente será feito um recuo sem nenhum constrangimento. A atividade da dupla Gre-Nal, segura e controlada, dá uma satisfação aos torcedores, permite prever que associados mantenham mensalidades em dia e cria uma visibilidade que não desagrada patrocinadores. Isso sem falar que é, ainda que parcialmente, a oportunidade para os atletas trabalharem.
Indefinição
A final do Gauchão 2020 pode nem acontecer. A hipótese de se jogar o que resta numa cidade apenas é como se quiséssemos nos livrar da competição e parece pouco viável.
Encerrar a disputa do jeito que parou cria a discussão de se ter ou não campeão. Seria lógico entregar o título ao Caxias, único que ganhou algo até agora. O certo, porém, é que ninguém pode ser rebaixado.