Mão santa
Lelê Bortholacci: a impressionante humildade de um ídolo do esporte mundial
Oscar Schmidt se mostrou um craque também fora das quadras
Nesta época sem futebol, os programas esportivos - e suas respectivas produções - fazem de tudo para conseguir convidados especiais e realizar entrevistas que levem ao público as mais diversas lembranças, já que praticamente o mundo inteiro do esporte está parado. Não é diferente no Bola nas Costas, programa diário da Rede Atlântida, do qual eu faço parte.
É claro que, prioritariamente, sempre vamos atrás de jogadores de futebol, mas os outros esportes fazem parte da pauta do programa com bastante frequência. Nessa quinta-feira(28), entrevistamos o maior jogador de basquete da história brasileira e um dos maiores do mundo: Oscar Schmidt. Que já saiu negando o apelido de "Mão Santa", justificando que sua ímpar habilidade era consequência de muito treino e dedicação.
— Podem me chamar de mão treinada — disse ele, com um bom humor contagiante daqueles que você nem precisa ver a pessoa falando para saber que ele está sorrindo.
Na conversa, contou histórias de sua carreira, a negativa dada ao convite da NBA e fez questão de dividir os méritos das históricas vitórias da seleção brasileira de basquete da sua geração, com outros atletas - principalmente Marcel que, segundo Oscar, foi o melhor jogador de basquete que ele já jogou - e também com o técnico Ari Vidal, que conhecemos bem aqui no Rio Grande do Sul pelo inédito título brasileiro com a Pitt Corinthians de Santa Cruz do Sul, em 1994. Uma aula de simpatia e humildade de um dos maiores nomes do esporte que eu puder ver em ação. Minha admiração por ele se multiplicou. E tenho certeza que, quem ouviu, concorda comigo.