Gigante da Galera
Zé Alberto: a responsabilidade que está nas mãos dos dirigentes de futebol
Retorno do esporte é uma decisão delicada
Zé Alberto ocupa o espaço Gigante da Galera durante as férias de Luciano Périco
Romildo Bolzan Júnior não tapa o sol com a peneira e diz que os clubes não resistiriam "de jeito nenhum" se houver a parada do futebol até o final do ano. Marcelo Medeiros apresenta sugestões coloradas para a retomada do Gauchão, inclusive cogitando a competição ter Porto Alegre como sede única ou ser vinculado ao campeonato de 2021. Os maiores dirigentes da dupla Gre-Nal nada mais demonstram do que a preocupação extrema com o futuro das instituições que dirigem.
Por mais controle que ambos demonstrem, com atitudes sensatas diante de um problema imenso, o futebol não foge ao caos das outras áreas. Está muito difícil apresentar alternativas diante de tantas incertezas e de perspectivas que não são otimistas no curto prazo para o Brasil. Nada pode ser descartado naquilo que é sugerido, mas precisamos estar atentos às soluções apresentadas como "simples". Nada é fácil neste momento.
A opção de uma cidade ser a base para todos os jogos de uma competição, por exemplo, tem inúmeras variáveis que não se limitam à existência de campos e estádios. Nunca o esporte como um todo viveu de tanta boa vontade para a realização de seus eventos com uma quantidade tão grande de obstáculos e proibições.
Saudações a quem tem pé no chão, ideias, fé e razão. Solidariedade aos presidentes de Grêmio, Inter e demais clubes. Por eles, passarão as soluções, ainda que com feridas difíceis de cicatrizar.
Os copeiros
Lembrar que o Grêmio ajudou a criar e ganhou a primeira Copa do Brasil em 1989 e que o Inter, em 2008, foi o primeiro clube brasileiro a vencer a Copa Sul-Americana encarando o tradicional e encardido Estudiantes é muito legal. Esta é a pauta deste fim de semana do projeto Saudade do Esporte.
Dá muita saudade lembrar do time gremista comandado pelo Cláudio Duarte, que experimentou uma radical transformação e ganhou dois títulos em poucos meses, com figuras como Assis, Cuca e Paulo Egídio.
Não fica para trás recordar a conquista colorada sob o comando de Tite, num dos títulos que ele mais reverencia em sua vitoriosa carreira. Era o primeiro momento colorado sem Fernandão, mas já com D'Alessandro.