Dupla Gre-Nal



Gigante da Galera

Zé Alberto: o bom senso nas discussões entre o governo do Estado e o mundo do futebol

Flexibilização do decreto de Eduardo Leite permita à dupla Gre-Nal manter os treinos

12/05/2020 - 09h00min


José Alberto Andrade
José Alberto Andrade
Enviar E-mail
Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
Eduardo Leite fez bem ao recuar

Zé Alberto ocupa o espaço Gigante da Galera durante as férias de Luciano Périco

No fim, entre bandeiras laranja e amarela, com decreto e protocolo, a dupla Gre-Nal acabou não perdendo o direito de treinar, como já vinha fazendo. O governador Eduardo Leite recuou, e fez bem. Grêmio e Inter já vinham dando exemplo de observância às regras contra o coronavírus nas suas atividades.

O excesso de cautela dos governantes nunca é demais, mas tão nobre quanto isto é o poder de, com segurança, reconsiderar decisões. Fica, porém, aberta a discussão sobre se vale ou não trabalhar para sequer poder fazer um treinamento coletivo e não saber quando haverá jogo. O melhor argumento segue sendo de que as duas grandes marcas do Rio Grande do Sul estão vivas e ativas, seguindo regras e mostrando vigor num cenário em que poucos têm estas condições.

Mercado ruim

Com o dinheiro da venda de jogadores previsto nos orçamentos, a dupla Gre-Nal vai ter mais um problemão. Quem valia muito vai perder valor. Os que estavam cotados a preços menores pouco valerão. Só o que pode amenizar é o valor alto de moedas estrangeiras, caso os compromissos a pagar por aqui sejam em reais. Aí, dá para negociar por menos em euros e dólares.

Não aos domingos

Em meio a todos os problemas causados pela pandemia, o futebol brasileiro se depara com o Corinthians dizendo que não quer mais jogar à noite e aos domingos porque não pagar adicional noturno e domingo trabalhado para seus jogadores.

A decisão judicial que deu esses direitos reclamados ao ex-corintiano Paulo André realmente é inovadora, mas o surpreendente é a grita do clube, que teme dívidas trabalhistas, mas que não temeu uma sociedade com uma empreiteira quando construiu seu caríssimo estádio com financiamento camarada do BNDES. Isto, sim, gerou um buraco sem fundo de mais de bilhão e comprometeu até sabe-se lá quando as finanças. O presidente era o mesmo.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias