Dois lados
Luciano Périco: contratar reforços não significa uma mudança de discurso no Grêmio
Tricolor vai investir em atletas experientes, mas mantém aposta na gurizada
A questão fundamental para a contratação de Rafinha é a qualidade que o jogador agrega ao Grêmio. Não dá para perder tempo discutindo o histórico do lateral-direito. Teve destaque e experiência no futebol europeu, principalmente no Bayern de Munique, onde ganhou várias vezes o campeonato alemão, foi campeão da Liga dos Campeões e do Mundial.
Além disso, a amostragem recente de Rafinha no Flamengo é excelente. Desembarca direto para ser titular da equipe de Renato Portaluppi. Se o acerto realmente não indicar para o Tricolor uma loucura financeira, e as informações dos bastidores dão conta de que a negociação não está fora dos padrões do clube, o negócio já se justifica. O contrato vai até o final da temporada 2021.
A informação adicional trazida pelo Pedro Ernesto Denardin em GZH dá conta de que Rafinha também pode ser utilizado no meio-campo. É mais um ponto para justificar a contratação. O fato não significa barrar a ascensão de Vanderson. Além disso, o calendário pesado vai obrigar a ter uma rotatividade entre as peças do time. Contratar um jogador mais cascudo não significa que o Grêmio tenha abandonado o discurso de valorização da base. A titularidade de Brenno é uma prova concreta. Formar um time só com os jovens é arriscado. O histórico mostra que equipes vencedoras são formadas por atletas experientes mesclados com os guris feitos em casa.