Não é novidade que o Inter vive uma situação financeira delicada. A gestão de Marcelo Medeiros e a atual, do presidente Alessandro Barcellos, trabalham para diminuir as dívidas do clube. A situação foi agravada na pandemia, quando as receitas caíram drasticamente, diminuindo o poder de investimento em reforços. O torcedor colorado sabe que não chegarão contratações de lotar o Salgado Filho, naquela imagem clássica que acontecia, quando ainda era possível fazer aglomerações.

O atacante Carlos Palacios, vindo do Unión Española-CHI, indicação do treinador Miguel Ángel Ramírez, desembarcou em Porto Alegre como uma aposta, precisando mostrar porque é apontado como grande promessa do futebol chileno. Jogador jovem, que pode também render dividendos mais à frente, em caso de negociação com o rico futebol europeu, é o tipo de perfil buscado pelos dirigentes colorados. Investimento que pode render no futuro. A contratação de Yuri Alberto, ano passado, também foi feita com essa premissa.

Mas o grande sonho do Inter é repatriar Taison. Nos bastidores já há todo um plano de investimento para efetivar a negociação. Com muito esforço, será o grande lance do atual conselho de gestão. Segundo informação do repórter Saimon Bianchini, a ideia é oferecer um salário na casa de R$ 700 mil, que se aproxima ao valor máximo dos principais atletas do elenco. Vamos combinar que é o típico investimento que pode se pagar pelo resultado dentro de campo. Afastado do elenco principal do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, após bronca com o treinador português Luís Castro, o atacante pode ter antecipada a sua volta ao Beira-Rio. Com o contrato acabando no dia 30 de junho, ele até já poderia assinar com qualquer clube. É desejo do gaúcho de Pelotas voltar para o Brasil para ficar perto da sua família e atuar no time do coração. Todos os fatores indicam que falta pouco para que essa história tenha um final feliz. Questão de tempo.