A vida de todos nós é feita de ciclos. Uns, mais duradouros. Outros, nem tanto. A sinergia da parceria Grêmio e Renato Portaluppi é inigualável. A história do clube e do homem gol e treinador campeão, que está eternizada através de um estátua na esplanada da Arena, se fundem. Quase cinco anos depois, com títulos de Copa do Brasil, Libertadores, Recopa e três Gauchões, Renato terá como prioridade no momento os cuidados com a saúde, após ter sido contaminado pela covid-19. Com certeza, tudo vai dar certo. 

Dentro de campo, as coisas já não andavam bem há algum tempo. A goleada de 5 a 0 aplicada pelo Flamengo em 2019 na Libertadores foi o primeiro sinal de abalo na estrutura. A temporada 2020 do Tricolor foi aos trancos e barrancos. O título do Gauchão acabou sendo conquistado de forma constrangida com derrota para o Caxias na final dentro da Arena. Depois, ocorreu a eliminação para o Santos tomando 4 a 1 na Vila Belmiro.

A campanha no Brasileirão foi fraca, não garantiu minimamente uma vaga direta na fase de grupos da maior competição sul-americana. E teve a perda da Copa do Brasil sem ter forças para ameaçar o Palmeiras nas duas partidas da decisão. A queda para o Independiente Del Valle foi o último capítulo da fadiga dos metais que estava escancarada. A mudança será positiva para o Grêmio e para Renato.

O escolhido por Romildo Bolzan Jr e pelos demais integrantes do conselho de administração chegará com a enorme pressão de substituir um ídolo da torcida gremista. É um fardo pesado e será preciso ter paciência com o profissional que assumir a bronca. 

Depois de muito tempo, será estranho não ver Renato na casa-mata. Tiago Nunes é um profissional jovem, com boas ideias de futebol e que está disponível mercado. Buscar um estrangeiro também é opção. Mas requer uma pesquisa criteriosa, como o São Paulo fez ao contratar Hernán Crespo. Dessa história toda há uma certeza. No futuro, Grêmio e Renato vão se reencontrar.