Talvez a derrota para o Corinthians tenha sido a mais inaceitável de todas, por uma razão muito simples: os paulistas, em nenhum momento, pretenderam vencer a partida. Jogaram, claramente, para não serem derrotados, valorizando demais o empate. 

O Grêmio sempre teve a iniciativa no jogo, procurou a vitória, mas esbarrou no forte sistema defensivo corintiano. O Tricolor teve até uma ou duas chances em cabeceios de Ruan e Borja, que não acertaram o alvo. E também ficou por aí. 

No entanto, tenho que ressaltar, mais uma vez, que o Grêmio foi esforçado e lutou sempre pelos três pontos. Um fato, porém, me chamou à atenção: na segunda etapa, a equipe teve menos intensidade em relação à primeira. 

O gol do Corinthians, mais uma vez, surgiu de bola parada, com o centroavante paulista cabeceando completamente livre. No todo, não considero que o time foi bem, pois aparenta algum desentrosamento, especialmente, nas articulações de meio-campo. Além disso, os laterais renderam menos do que estão acostumados. 

Infelizmente, o maior destaque do time foi Thiago Santos, que cometeu a falta que originou o gol corintiano. A situação do Tricolor segue difícil, mas quero crer que jogando de forma semelhante a que jogou, o Grêmio terá forças para superar, pelo menos, quatro adversários na competição e fugir da zona do rebaixamento. 

Para tanto, o Tricolor deverá contar com as adaptações de Villasanti e Campaz — principalmente este último, que eu tenho dúvida se a função que está executando, e a posição em que está jogando, é realmente a sua. No entanto, mostrou que é bom jogador.