Paixão colorada
Lelê Bortholacci: uma segunda chance para Thiago Galhardo no Inter
Se ele admitiu, se desculpou com os envolvidos e foi reintegrado, vamos em frente
Se dentro de campo as coisas voltaram a dar certo, fora dele ainda surgem "arestas para serem aparadas". O episódio de Thiago Galhardo me parece, desde o início, uma sucessão constrangedora de erros do atleta. Primeiro que a postura de "não aceitar" a reserva nem merece comentários. Já vi jogadores muito vitoriosos sentarem no banco de reservas e - em alguns casos - voltarem até melhores, depois.
Segundo, ir questionar "porque não entrou contra o Flamengo" mostra uma falta de noção absurda da realidade. Qualquer ser humano que viu aquele jogo sabe que foi a melhor atuação do ano de Yuri Alberto que, coincidentemente, jogou na mesma posição de Galhardo.
Por último, ir no executivo de futebol pra fazer esta reclamação, também não me parece o local mais correto. Resumo: faltou profissionalismo, timing e, principalmente, espírito coletivo. E o que mais me chamou a atenção é que estamos falando de um jogador que sempre demonstrou em suas manifestações uma clareza e inteligência acima de média.
Não sei se foi a convocação pra seleção ou a sua "não saída" para o exterior, mas algo bagunçou a cabeça de Thiago Galhardo. Suas atitudes, neste caso, deixam isso bem claro. Mas, ao que parece, uma boa conversa resolveu tudo. Jogadores são seres humanos e cometem erros, é do jogo.
Se ele admitiu, se desculpou com os envolvidos e foi reintegrado, vamos em frente. Todos merecem uma segunda chance. Que volte a pensar no Inter em primeiro lugar. Essa é a regra pra quem veste nossa camisa.