Paixão colorada
Lelê Bortholacci: a volta ao Beira-Rio é um processo coletivo e assim está sendo pensado pelo Inter
Sabe-se lá quando isso vai acontecer, mas, para os primeiros passos serem dados, todos teremos que atender, rigidamente, o que o clube definir
Em entrevista à Radio Gaúcha, o CEO da BRio, Paulo Pinheiro, falou sobre a volta do público ao estádio e chamou a atenção para algo que vai acontecer não só no Beira-Rio, mas em todos os grandes estádios brasileiros. Em virtude de todo o contexto que envolverá este processo, os proprietários de cadeiras não deverão — nas fases iniciais da retomada — ocupar os assentos que estão acostumados. E isso ocorrerá pelo simples motivo de que a capacidade de público será reduzida e o distanciamento obrigatório.
Não há o que reclamar. Toda a organização que já está em andamento entre a Brio e o Inter tem como objetivo o bem comum e não o individual. Eu sei que vão aparecer os que acham que tem mais direitos do que os outros — está aí um grupo que desabrochou forte nesta pandemia —e que vão exigir sentar na sua cadeira numerada, etc. Mas, este lento e gradual processo requer entendimento, bom senso e empatia de todos que querem voltar a torcer pelo Inter no local que faz esta paixão explodir: o Beira-Rio.
Você, colorado, que é sócio ou proprietário de cadeira, saiba que o maior interessado na volta da torcida é o próprio clube. Não exija nada pensando em você, até que a situação se normalize e possamos voltar a nossa conhecida normalidade. Sabe-se lá quando isso vai acontecer, mas para os primeiros passos serem dados — e o processo evoluir, fazendo com que a capacidade de torcedores vá aumentando gradativamente —, todos teremos que atender, rigidamente, o que o clube definir.