Dupla Gre-Nal



Nada parecido

Luciano Périco: a maior final da história das Copas

Que partida fantástica foi Argentina e França. Nem o melhor roteirista de Hollywood escreveria uma história tão rica em reviravoltas

19/12/2022 - 07h00min

Atualizada em: 19/12/2022 - 08h24min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Antonin THUILLIER / AFP
A festa maluca foi da Argentina

Domingo, 18 de dezembro de 2022. Doha. Catar. Um dia marcado para sempre no coração de quem ama futebol. Obrigado, bola! Argentina e França protagonizaram a maior final de Copa do Mundo de todos os tempos

Não tenho medo de parecer exagerado e afirmar, que desde 1930, quando foi realizado o primeiro Mundial no Uruguai, nunca se viu algo parecido. Que partida fantástica! Nem o melhor roteirista de Hollywood escreveria uma história tão rica em reviravoltas. 

Se fosse possível, os dois mereciam dividir a taça. Mas somente uma equipe entra para a história como a grande campeã. No primeiro tempo da partida, os argentinos patrolaram. Um verdadeiro chocolate! Os gringos abriram um placar de 2 a 0, que parecia definitivo. A França não conseguiu respirar. Messi foi o grande maestro. Um extraterrestre! 

Mas De Paul acabou sendo um gigante em campo. Di Maria, a surpresa na escalação inicial, também foi um personagem extremamente importante. Na etapa final, apareceu o outro jogador fora de série: Mbappé. O craque francês comandou uma incrível reação para buscar o improvável empate em 2 a 2, arrastando a decisão para a prorrogação. 

Fazer três gols em uma final não é para qualquer um. No tempo extra, com a garra habitual, a Argentina teve forças para voltar à frente no marcador. Antes de fazer o 3 a 2 com Messi, Lautaro Martínez perdeu duas chances. Porém, quem imaginou que a situação estaria definida, enganou-se redondamente. A França ainda teve forças para buscar uma nova igualdade no marcador em pênalti cobrado pelo camisa 10. A definição de tudo só veio no drama supremo dos pênaltis. 

Nessa hora, brilhou o goleiro Emiliano Martínez. Antes, ele já havia sido um herói salvando na bola rolando. O detalhe acabou decidindo. Messi termina sendo o maior jogador da Copa. Um fechamento com chave de ouro. Eternizado para sempre na galeria dos grandes nomes da história do futebol. 

Mas ainda é preciso enfatizar a importância do técnico Lionel Scaloni, o grande comandante. A arrancada dos hermanos começou com a conquista da Copa América de 2021 sobre o Brasil dentro do Maracanã. Aqui no Catar, ele conseguiu corrigir a rota quando acabou perdendo de virada na estreia para a Arábia Saudita. A Scaloneta foi embalando no transcorrer da competição e, com todos os méritos, vai levar a taça para Buenos Aires. 


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