Nada parecido
Luciano Périco: a maior final da história das Copas
Que partida fantástica foi Argentina e França. Nem o melhor roteirista de Hollywood escreveria uma história tão rica em reviravoltas
Domingo, 18 de dezembro de 2022. Doha. Catar. Um dia marcado para sempre no coração de quem ama futebol. Obrigado, bola! Argentina e França protagonizaram a maior final de Copa do Mundo de todos os tempos.
Não tenho medo de parecer exagerado e afirmar, que desde 1930, quando foi realizado o primeiro Mundial no Uruguai, nunca se viu algo parecido. Que partida fantástica! Nem o melhor roteirista de Hollywood escreveria uma história tão rica em reviravoltas.
Se fosse possível, os dois mereciam dividir a taça. Mas somente uma equipe entra para a história como a grande campeã. No primeiro tempo da partida, os argentinos patrolaram. Um verdadeiro chocolate! Os gringos abriram um placar de 2 a 0, que parecia definitivo. A França não conseguiu respirar. Messi foi o grande maestro. Um extraterrestre!
Mas De Paul acabou sendo um gigante em campo. Di Maria, a surpresa na escalação inicial, também foi um personagem extremamente importante. Na etapa final, apareceu o outro jogador fora de série: Mbappé. O craque francês comandou uma incrível reação para buscar o improvável empate em 2 a 2, arrastando a decisão para a prorrogação.
Fazer três gols em uma final não é para qualquer um. No tempo extra, com a garra habitual, a Argentina teve forças para voltar à frente no marcador. Antes de fazer o 3 a 2 com Messi, Lautaro Martínez perdeu duas chances. Porém, quem imaginou que a situação estaria definida, enganou-se redondamente. A França ainda teve forças para buscar uma nova igualdade no marcador em pênalti cobrado pelo camisa 10. A definição de tudo só veio no drama supremo dos pênaltis.
Nessa hora, brilhou o goleiro Emiliano Martínez. Antes, ele já havia sido um herói salvando na bola rolando. O detalhe acabou decidindo. Messi termina sendo o maior jogador da Copa. Um fechamento com chave de ouro. Eternizado para sempre na galeria dos grandes nomes da história do futebol.
Mas ainda é preciso enfatizar a importância do técnico Lionel Scaloni, o grande comandante. A arrancada dos hermanos começou com a conquista da Copa América de 2021 sobre o Brasil dentro do Maracanã. Aqui no Catar, ele conseguiu corrigir a rota quando acabou perdendo de virada na estreia para a Arábia Saudita. A Scaloneta foi embalando no transcorrer da competição e, com todos os méritos, vai levar a taça para Buenos Aires.