Estragos
Luciano Périco: o longo caminho para a reconstrução das estruturas de Inter e Grêmio
Dupla Gre-Nal sofre com a subida das águas do Guaíba
Olhando o cenário imposto pela maior tragédia da história do Rio Grande do Sul, fica difícil projetar quando Inter e Grêmio conseguirão ter de volta toda a estrutura dos estádios e dos centro de treinamentos à disposição. A água baixou de nível no Beira-Rio. Já foi possível ver que o gramado está destruído.
Vai ser preciso ser refeito, algo que não se resolve do dia para a noite. Com a subida de nível do Guaíba por causa do repique das águas, há um risco de um novo alagamento. O campo ficou pelo menos uma semana submerso. Também será preciso verificar toda a condição estrutural do estádio e conferir a situação da fiação elétrica.
Ainda há a questão que envolve o CT Parque Gigante, ainda debaixo d’água. Não há como treinar sem sair de Porto Alegre. Difícil resolver tudo até o dia 27, data em que a CBF vai realizar o Conselho Técnico para definir o que fazer.
Pelo lado do Grêmio, a situação é a mesma. Muita coisa estragada. Tanto a Arena, quanto o CT Luiz Carvalho não podem ser utilizados de imediato. É completamente impossível ajustar tudo para a retomada do futebol após a reunião marcada pela CBF.
Será um processo longo de reestruturação. E vai custar muito dinheiro aos cofres dos clubes, que vão precisar de recursos fora do orçamento para executar as reformas. Com tantas pessoas envolvidas na tragédia do Estado, fica a dúvida no que isso pode impactar nas receitas do quadro social.
Muita gente vai deixar de pagar a mensalidade. Vale acrescentar também que não há a renda dos jogos que foram cancelados. Sem falar ainda do prejuízo técnico da defasagem física em relação aos rivais em Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. Não é hora de voltar.