Demorou. Mas a CBF decidiu finalmente paralisar o Brasileirão. Pelo menos até a realização da reunião que está marcada para o dia 27, na sede da entidade no Rio de Janeiro. Portanto, duas rodadas foram adiadas. Vitória de Grêmio, Inter e Juventude, que capitanearam o pedido. O papel da Federação Gaúcha de Futebol também foi importante.

Mais outros 12 clubes foram parceiros no processo. Acabou prevalecendo o desejo da maioria. Importante pontuar que Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Bragantino foram contrários à medida. Uma pena que faltou sensibilidade a essas entidades.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia da sua história. Vai demorar muito tempo para se reerguer. O principal campeonato do futebol não poderia ficar alheio a tudo isso. Na verdade, há muitas pontas para ajustar antes de a bola rolar.

Os primeiros passos para o recomeço de Inter e Grêmio

A entrevista do vice-presidente do Inter, Victor Grumberg, deixou claro, que o Inter vai demorar muito tempo para retornar ao Beira-Rio e ao CT Parque Gigante. O prazo pode chegar até 90 dias. Após as primeiras avaliações feitas na estrutura, ainda sem o Guaíba baixar totalmente, aponta que o prejuízo pode chegar na casa de R$ 35 milhões. Áreas importantes do estádio, como a zona mista, vestiário e museu, foram atingidos.

Quanto às questões de campo, os trabalhos vão seguir no Parque Esportivo da PUCRS. Com a paralisação do Brasileirão, a retomada de jogos da Sul-Americana está marcada para o dia 28.

Já o Grêmio vai utilizar as instalações do CT Joaquim Grava, do Corinthians, para realizar os treinamentos a partir desta sexta-feira (17). O Tricolor terá de se preparar para o retorno da Libertadores da América no dia 29.  Mandar os jogos no Couto Pereira é uma escolha possível. Claro que o ideal seria encontrar uma solução de receber os jogos dentro do Estado. Cito o Colosso da Lagoa, em Erechim, como exemplo.