Quase lá
Arena apresenta proposta e Bombeiros devem liberar geral sem cadeiras até 5 de abril
Setor, entretanto, não deve estar disponível para o jogo contra o Fluminense, pela Libertadores


A geral da Arena deve ser liberada com barreiras antiesmagamento até o dia 5 de abril. Em reunião nesta quarta, na qual participaram membros do Grêmio, da Arena Porto-Alegrense, dos Bombeiros e do Ministério Público (MP), os gestores do estádio apresentaram um projeto no qual o setor ficaria isolado e poderia receber o público em pé.
- Houve uma proposta da Arena de instalar gradis para que não ocorra a avalanche. Essa proposta será analisada e até o final da primeira semana de abril, dia 5, se terá uma resposta definitiva - disse o promotor Fábio Sbardelotto, da Promotoria de Justiça de Habitação e Ordem Urbanística de Porto Alegre.
A colocação de barreiras antiesmagamento no setor da geral era uma demanda do Grêmio e da Arena Porto-Alegrense. Os gestores do estádio usaram como argumento que, caso as cadeiras fossem instaladas no local, poderiam até virar arma para torcedores em um eventual confronto nas arquibancadas.
O Corpo de Bombeiros exigia a instalação de cadeiras no setor, conforme estipulado na Resolução Técnica (RT) nº 17 do órgão, que prevê 100% de cadeiras em todos os setores dos novos estádios com mais de 15 mil lugares. Entretanto, a Arena propôs que o setor da Geral fique completamente isolado do restante do estádio. Com capacidade para oito mil pessoas, o espaço ficaria de acordo com a norma dos Bombeiros.
- O que mudou é que essa área da geral será compartimentada com 8 mil pessoas. Seria um "estádio dentro do estádio", com saídas, sanitários e bares próprios. A proposta é interessante e a comissão vai analisar. Esperamos fechar um acordo até o dia 5 de abril - comenta o tenente coronel Adriano Krukoski, comandante do Corpo de Bombeiros da Capital.
Mesmo que a reunião desta quarta-feira tenha encaminhado um acordo, a direção da Arena Porto-Alegrense descartou que a torcida possa ocupar o setor geral no jogo contra o Fluminense, em 10 de abril. Mesmo que os Bombeiros liberem a área até o dia 5 de abril, o local só poderia ser frequentado duas semanas depois.
- A colocação de barras será com um sistema de perfuração, um processo um pouco lento. Pela quantidade de barras que precisamos instalar, entre fabricar e colocar, demora algo entre 15 a 20 dias - comenta Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense.